Damon Albarn, Graham Coxon & Noel Gallagher!?!? Oh diacho...
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
The Dark Knight Rises OST
Hans Zimmer é um incontornável grande nome no mundo das bandas sonoras de filmes de Hollywood.
Habituei-me agradavelmente ás suas bandas sonoras ricas em sons variados que complementam os filmes de Christopher Nolan. A sua carreira extravasa o curto trabalho deste realizador, mas para mim é com ele que se realça.
As paisagens sonoras dos ambientes de Nolan são pura poesia, e para culminar a trilogia de Batman, Zimmer faz esta obra notável. Vou falar um bocadinho sobre o filme em si, que recentemente revi. De ante-mão sabia que seria um grande filme, os dois terços anteriores da trilogia assim o eram, e este tinha tudo para mais uma vez me encher as expectativas. Para não variar fiquei maravilhado com um espectáculo onde se espreme o melhor que Hollywood tem para oferecer. Mas acima de tudo a música envolvente deste trabalho revelou-se fulcral, distinta e decisiva. Não é comum dar-se tanto por ela, e para mim foi um elemento presente desde início. Funcionou como um prolongamento da paisagem, mas não uma mera entediante planície. Eram montanhas épicas, rios gelados, densas florestas... enfim, o que lhe queiram chamar, que não está ali apenas a ocupar espaço, mas sim a chamar a atenção pelas melhores razões.
terça-feira, 20 de novembro de 2012
Letras
Venho aqui abordar um assunto delicado, as letras das canções. Vou falar de duas em especial, que apesar de não serem as melhores do mundo, acho que merecem algum destaque.
A primeira pertence a uma banda de que nem gosto muito, os Muse. A música é Unsustainble.
Pegando num corolário da segunda lei da termodinâmica, os Muse criam uma metáfora em que associam os efeitos descritos com a evolução económica global. Apesar de não gostar muito da música, acho que a ideia é muito boa, original e acima de tudo, transmite uma mensagem bastante forte.
Podem ouvir aqui.
A segunda, minha favorita destas duas, é a You dos Gold Panda. A letra desta música é somente, passo a citar, "You and Me". Mas a forma como é entoada leva-nos a um universo totalmente diferente de comunicação, onde a imaginação é crucial, mas a percepção bastante agradável.
Deixo o video:
A primeira pertence a uma banda de que nem gosto muito, os Muse. A música é Unsustainble.
Pegando num corolário da segunda lei da termodinâmica, os Muse criam uma metáfora em que associam os efeitos descritos com a evolução económica global. Apesar de não gostar muito da música, acho que a ideia é muito boa, original e acima de tudo, transmite uma mensagem bastante forte.
Podem ouvir aqui.
A segunda, minha favorita destas duas, é a You dos Gold Panda. A letra desta música é somente, passo a citar, "You and Me". Mas a forma como é entoada leva-nos a um universo totalmente diferente de comunicação, onde a imaginação é crucial, mas a percepção bastante agradável.
Deixo o video:
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
The Dubliners
Não são só os Beatles e os Stones que fazem 50 anos. Os Dubliners batem no meio século este ano, e também eles têm um álbum especial para celebrar a data. Depois do To Late to Stop Now (The Very Best Of) e do Collection de 2006, e ainda do Very Best Of de 2009 e do Best Of The Original Dubliners de 2010, eis que nos chega o 50 Years, uma compilação de 3 CDs que pelo nome até dá ares de ser um ...best of!
Para celebrar a data vão andar em digressão pelo norte da Europa até ao final do ano. E ficam-se por aí.
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
Whatever Gets You Through The Night
Certa altura John Lennon estava com um "writers block". Tinha pedaços de coisas, estava a tentar compôr canções mas a coisa não lhe saía. Há alturas assim. E como desta vez o Macca não estava lá para ajudá-lo, John decidiu pedir ajuda a outro John, desta vez o Elton.
Ora claro está que o Elton não podia desperdiçar a oportunidade. E cheio de convicção não só aceitou o desafio como ainda lhe garantiu que ia pegar nos retalhos e construir um top one, mas com a condição de que se fosse bem sucedido o Lennon teria que alinhar num concerto com ele.
E lá está, se calhar até foi o próprio Elton que comprou uns milhares de cópias ou sei lá, mas foi assim que nasceu a Whatever Gets You Through The Night. E o Lennon juntou-se ao Elton a 28 de novembro de 1974 no concerto em Madison Square Garden.
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
Hommage à José Afonso
Com a colaboração da associação José Afonso (Lisboa).
Uma voz rebelde, um despertar de consciência
José Afonso é, sob a ditatura de Salazar e Caetano (1932-1974), uma das vozes mais ouvidas pelos opositores ao regime. Uma voz rebelde quando Amália Rodrigues domina os palcos. Difundida na noite de 25 de abril de 1974, Grândola, uma das canções de protesto, dá o sinal para a revolução dos Cravos. Ouvida em todo o país, torna-se um hino. Conhecido do grande público, tanto em Portugal como no estrangeiro, o autor não cede à tentação de ser um ídolo; a sua função é de outra natureza, despertar consciências.
José Afonso escolheu a canção como uma arma política. Para assegurar o impacto das suas letras, poéticas, ele imagina melodias sólidas, suportadas por ritmos eficazes. A voz seduz imediatamente. Ela traduz uma viva sensibilidade e exprime todos pormenores de uma emoção.
Autor de catorze discos, José Afonso faleceu em 23 de fevereiro de 1987. Está sepultado no cemitério de Setúbal: uma sepultura modesta, à sua imagem.
Cerca de trinta anos após uma série de concertos no Théâtre de la Ville, é a memória dessa voz rebelde e desse despertar de consciências que se celebra: uma noite em sua homenagem, sob a direçãomusical de Júlio Pereira (acompanhado por quatro músicos), ao seu la no placo, em Paris, em novembro de 1981, em que participaram Francisco Fanhais, um dos seus companheiros, João Afonso, o filho e também cantor, fadista António Zambujo, a talentosa cantora cabo-verdiana Mayra Andrade e Yara Gutking, voz que acompanha e Júlio Pereira.
tradução livre a partir do texto de
Jacques ERWAN
E tudo isto porque está marcado para o próximo 21 de novembro uma homenagem ao Zeca em Chatelêt, mesmo no meio de Paris. (link)
UPDATE: ESGOTADO (não fui)
UPDATE: ESGOTADO (não fui)
domingo, 11 de novembro de 2012
Disco de Natal 1
Sufjan Stevens - Silver & Gold: Songs For Christmas (2012)
Está aqui um conjunto de 5 CDs num total de 58 canções para se deixar a tocar durante a ceia. Ainda não ouvi, mas pelo alinhamento parece ter alguns daqueles clássicos que ouvimos todos os anos o Coro de Sto Amaro de Oeiras a cantar no Natal dos Hospitais. Acredito que o Sufjan tenha sido um pouco mais original. Espero eu!
sábado, 10 de novembro de 2012
Especial Rolling Stones
Os Rolling Stones fazem 50 anos. Para celebrar a data a rádio FIP preparou uma emissão especial de 10 horas com clássicos, raridades, entrevistas, concertos e sei lá mais o quê.
Pode ser ouvido em http://www.fipradio.fr/player
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
Tendências musicais (essencialmente música electrónica)
À uns tempos descobri um site que me levou a registar e consulto todos os dias: O Hype Machine
http://hypem.com/
Trata-se de um site extremamente interessante para quem quiser estar actualizado em termos de trends. O site oferece todas as semanas um chart das músicas mais populares (que foram mais ouvidas em relação à semana passada).
http://hypem.com/popular ou ainda a semana passada http://hypem.com/popular/lastweek
As fontes para este site são conhecidas: charts de músicas, blogs de músicas, visualizações de vídeos do youtube, etc. O site neste momento também está optimizado para o soundclound (outro popular site) permitindo fazer a interligação entre ambos.
O site também possuí uma forte componente social, permitindo seguir amigos, partilhar músicas favoritas e o seu histórico de músicas ouvidas. Em suma, outra boa fonte para descobrir música. Para mim, a única falha que possui neste momento é a comunidade. A comunidade é mais virada para música electronica, dubstep e afins mas consegue-se encontrar grandes descobertas de outros géneros musicais. Se não gostarem deste tipo de música é sempre possível filtrar! Fica o link para minha account: http://hypem.com/ziney
Abraço!
Trata-se de um site extremamente interessante para quem quiser estar actualizado em termos de trends. O site oferece todas as semanas um chart das músicas mais populares (que foram mais ouvidas em relação à semana passada).
http://hypem.com/popular ou ainda a semana passada http://hypem.com/popular/lastweek
As fontes para este site são conhecidas: charts de músicas, blogs de músicas, visualizações de vídeos do youtube, etc. O site neste momento também está optimizado para o soundclound (outro popular site) permitindo fazer a interligação entre ambos.
O site também possuí uma forte componente social, permitindo seguir amigos, partilhar músicas favoritas e o seu histórico de músicas ouvidas. Em suma, outra boa fonte para descobrir música. Para mim, a única falha que possui neste momento é a comunidade. A comunidade é mais virada para música electronica, dubstep e afins mas consegue-se encontrar grandes descobertas de outros géneros musicais. Se não gostarem deste tipo de música é sempre possível filtrar! Fica o link para minha account: http://hypem.com/ziney
Abraço!
domingo, 4 de novembro de 2012
Line of Sight
O que pode ter mais acção do que um filme de Hollywood?
-Um documentário sobre um documentarista. Sim, é verdade. Este documentário é sobre Lucas Brunelle, um virtuoso documentarista que se dedica a captar as melhores imagens das mais loucas e perigosas corridas urbanas de orientação em bicicleta, as AlleyCats. Esta película retrata o esforço e o talento deste senhor que se desloca ás principais capitais do mundo moderno para participar e filmar os mais velozes ciclistas destas corridas ilegais. A sua capacidade de captar as melhores imagens é muito boa, sempre acompanhado pela seu zingarelho, feito de duas câmaras de filmar e um capacete, na cabeça.
Se por um lado nos submerge na cultura alternativa dos mensageiros e ciclistas mais hardcore dos maiores centros urbanos, por outro leva-nos a belíssimos locais naturais, tal como a muralha da China, ou o Guatemala.
O ritmo do documentário é algo nunca visto, puxa pela adrenalina e muitas vezes leva-nos a encolher quando vemos um carro demasiado perto. A banda sonora acompanha bem este ritmo e a organização das peças está muito bem conseguida.
Pode ser visto aqui , então sacado da net ou comprado em DVD.
Imperdível.
terça-feira, 30 de outubro de 2012
Sofia's Last Ambulance
Este filme documental retrata o trabalho de três profissionais de urgências médicas na capital da Bulgária. Devido à fraca qualidade do sistema de saúde deste país da Europa Ocidental, a vida de "uma ambulância" é tudo menos fácil, aparecendo complicações tanto do lado dos pacientes, como também do lado logístico do sistema de saúde, e estes refletem-se em fadiga profissional, que vai sendo apagada pela força de vontade e amor à profissão destes três prestáveis cidadãos.
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
Meio Metro de Pedra
Meio Metro de Pedra é o filme/ documentário sobre o rock português. Mas o rock a sério, não são essas mariquices do Rui Veloso e sei lá o quê.
Vai mais atrás que isso, mostra como começou e como se viveu o rock nos anos 50 e 60, a quantidade enorme de bandas que houve e o grande fluxo de gente que movimentou. Os atritos causados pelo regime vigente na altura, que de uma forma direta impediam a divulgação do que era novo, o medo do rock, da agitação social, e mesmo o serviço militar obrigatório e a guerra nas colónias, assim como de forma indireta boicotava a informação vinda do estrangeiro, obrigaram este movimento a ser bastante criativo.
Contudo teve que permanecer semi-oculto, teve que permanecer underground, não podiam dar nas vistas.
E, apesar de terem sido milhares a viverem essa época, acabaram por ser esquecidos. Depois do 25 de abril as premissas eram outras, os cantares eram outros, o movimento já estava passado, já não se voltou a pegar nisso. O mainstream mudou mas a contra-cultura manteve o estatuto.
E o movimento continuou a evoluir. Tivemos espaço para psicadélico, para punk e para outros rocks. E ainda hoje anda por aí, com concertos em bares e salinhas, com programas de rádio noctívagos e amadores.
Conta com a participação de Daniel Bacelar, Adolfo Luxúria Canibal, Victor Gomes, Henrique Amaro, Tó Trips, entre outros, pode ser visto em
http://www.meiometrodepedra.com/
Obrigatório.
Vai mais atrás que isso, mostra como começou e como se viveu o rock nos anos 50 e 60, a quantidade enorme de bandas que houve e o grande fluxo de gente que movimentou. Os atritos causados pelo regime vigente na altura, que de uma forma direta impediam a divulgação do que era novo, o medo do rock, da agitação social, e mesmo o serviço militar obrigatório e a guerra nas colónias, assim como de forma indireta boicotava a informação vinda do estrangeiro, obrigaram este movimento a ser bastante criativo.
Contudo teve que permanecer semi-oculto, teve que permanecer underground, não podiam dar nas vistas.
E, apesar de terem sido milhares a viverem essa época, acabaram por ser esquecidos. Depois do 25 de abril as premissas eram outras, os cantares eram outros, o movimento já estava passado, já não se voltou a pegar nisso. O mainstream mudou mas a contra-cultura manteve o estatuto.
E o movimento continuou a evoluir. Tivemos espaço para psicadélico, para punk e para outros rocks. E ainda hoje anda por aí, com concertos em bares e salinhas, com programas de rádio noctívagos e amadores.
Conta com a participação de Daniel Bacelar, Adolfo Luxúria Canibal, Victor Gomes, Henrique Amaro, Tó Trips, entre outros, pode ser visto em
http://www.meiometrodepedra.com/
Obrigatório.
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
Psicadelic Rock Part 2/2 - Outras recomendações
Ainda relacionado com o psicadelic rock do último post ficam outras duas sugestões para o "trabalho de casa":
The Shakedown Project:
The Black Angels:
Adicionalmente recomendo Brian Jonestown Massacre (A Anemone por exemplo / O álbum mais recente da banda foi lançado em Maio e chama-se Aufheben - possível review no futuro) e os Raveonettes ( do último álbum saído do forno o mês passado recomendo a The enemy)
The Shakedown Project:
The Black Angels:
Psicadelic Rock Part 1/2 - Tame Impala
Conheci Tame Impala inicialmente na "preparação" para o festival SBSR 2011. A partir desse momento o seu som bastante distinto ficou em memória como algo a ouvir com alguma regularidade. Classificaria a banda como rock psicadélico que acho bastante semelhante a Beatles na sua fase mais psicadélica.
O CD que na altura apresentavam era o Innerspeaker (o seu álbum de estreia):
Músicas que destaco são a "Solitude is Bliss" e a "Lucidity". O novo (segundo) álbum que lançaram no inicio deste mês chama-se Lonerism.
Em termos de música deste álbum destaco a "Elephant" e a "Apocalipse Dreams". Pessoalmente acabei por gostar mais do primeiro álbum mas fica a sugestão de uma banda a seguir.
Rolling Stones - La Villette
Pela hora que vos escrevo, estão os Rolling Stones a tocar ali, a 10 quilometrozinhos, no Parc La Villette, felizes e contentes por fazerem 50 anos de vida.
Depois de terem agendado umas quantas datas de concertos na América e em Inglaterra a preços altamente criticados (o mais barato em Londres rondava os 130€), anunciaram esta manhã, via twitter, um concerto surpresa. O anúncio foi feito às 10h da manhã, ao meio dia os bilhetes foram postos à venda num local único nos Champs Elysées. 350 lugares que evaporaram em segundos, não só por serem os RS como cada bilhete custar.... 15€.
Infelizmente não arranjei bilhete.
You can't always get want you want...
Depois de terem agendado umas quantas datas de concertos na América e em Inglaterra a preços altamente criticados (o mais barato em Londres rondava os 130€), anunciaram esta manhã, via twitter, um concerto surpresa. O anúncio foi feito às 10h da manhã, ao meio dia os bilhetes foram postos à venda num local único nos Champs Elysées. 350 lugares que evaporaram em segundos, não só por serem os RS como cada bilhete custar.... 15€.
Infelizmente não arranjei bilhete.
You can't always get want you want...
terça-feira, 23 de outubro de 2012
Weekend Wolves
Este projecto alemão que pode ser considerado One-Man-Band ou DJ ainda não tem álbum lançado, mas brinda-nos com muitos temas disponíveis no SoundCloud e também videoclips no Youtube.
Com uma sonoridade ambient sombria, com beats lentos e melodias harmoniosas oferece um conjunto de canções onde se nota um estilo muito próprio e bem estruturado. Entre remisturas e originiais, vale a pena dar uma vista de olhos pelo cardápio:
http://soundcloud.com/weekend-wolves
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Belo
Setembro de 1963. Faltam-nos canções, ou pelo menos canções que julguemos capazes de chegar à tabela. O nosso baú de R&B está cada vez mais vazio e não oferece nada de plausível.
Ensaiávamos no Studio 51, perto do Soho. O Andrew tinha desaparecido para dar uma volta, desanuviar do ambiente carregado, e deu com o John e o Paul, acabados de sair de um taxi em Charing Cross Road.
Foram tomar um copo os três e a angústia do Andrew não passou despercebida. Ele explicou-lhes o problema: não tínhamos canções.
Vieram ter connosco ao estúdio e o John e o Paul deram-nos uma canção que faria parte do seu próximo álbum mas que não sairia como single, "I Wanna Be Your Man". Tocaram-na connosco. O Brian acrescentou uma guitarra slide à maneira. O produto final soava indiscutivelmente mais a Stones do que a Beatles e ninguém duvidou que teríamos ali um hit.
Eles estavam bem cientes do que faziam. Eram autores de canções que tinham de vender a sua mercadoria como os gajos da Tin Pan Alley e acharam que aquela canção se adequava bem a nós.
Além disso, havia entre nós uma estima recíproca. O Mick e eu admirávamos-lhes as canções, as harmonias; eles invejavam a imagem, a liberdade de movimentos. Agradava-lhes a ideia de colaborarmos. Sempre tivémos uma relação muito amigável com os Beatles.
E decidimos praticamente coordenar actividades: como na altura saíam singles a cada seis, oito semanas, tentámos conjugar calendários para que não houvesse sobreposições.
Lembro-me de o John Lennon me ligar e dizer:
- Temos disco, mas ainda falta misturá-lo.
- Nós já temos um pronto.
- OK. Vocês primeiro, então.
Keith Richards, "Life", Theoria, 2011, págs 147 e 148
Copiado do Ié-Ié
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
Músicas de Filmes de Bikes - Capítulo III
Desta vez o tema é abordado de outra forma. Tudo começa em 1963 quando é lançado nos estados unidos um vídeo ilustrativo dos perigos associados a uma má condução de uma bicicleta em zonas urbanas. Poderia ser apenas mais um, como muitas campanhas de segurança rodoviárias que surgem frequentemente, mas não, talvez devido ás experiências com substâncias psico-activas, ou algo semelhante, todo o vídeo é insólito. Começando pelas personagens intervenientes, são crianças mascaradas com estranhas caras de macaco e umas caudas longas e arrebitadas. A banda sonora é intrigante e vintage (mesmo para a altura) misturando animadas canções com efeitos sonoros representativos do que vai acontecendo. A narração e o enredo combinam com os anteriores aspectos referidos, e só por isso vale a pena dar uma vista de olhos. Está aqui .
Nos últimos anos tem havido um sentimento revivalista desta produção por entre algumas das bandas do "indie-rock" mais alternativo, e surgiram video-clips bastante interessantes que remisturam imagens deste nosso filme, acompanhados pela música que cada banda assim deseja.
Comecemos pelos Boards of Canada, uma banda escocesa de indie-experimental, virada para a electrónica downtempo, que apresenta o tema Everything You Do is a Ballon:
Da Alemanha temos os Weekend Wolves, que num registo mais rápido apresentam Karma:
Numa onda mais Pop temos os americanos Cults, com Go Outside.
Também de NY, os Phantogram apresentam Bloody Palms.
Os The Lamps num registo mais pesado fazem também uma paródia
Duma forma mais melancólica, os Dr Dog fizeram a sua com Fools Life.
Muitos mais vídeos há nesta onda, tais como "St Peter" dos The Black Spiders e "January" dos Venetian Snares entre outros que vão surgindo.
Dos que aqui trouxe, destaco os dois primeiros, que descobri mesmo pela música em si e não pela ligação ao mesmo video.
Retirei os videos pelo lento carregamento que causam no blog. Podem ser consultados no Youtube.
Nos últimos anos tem havido um sentimento revivalista desta produção por entre algumas das bandas do "indie-rock" mais alternativo, e surgiram video-clips bastante interessantes que remisturam imagens deste nosso filme, acompanhados pela música que cada banda assim deseja.
Comecemos pelos Boards of Canada, uma banda escocesa de indie-experimental, virada para a electrónica downtempo, que apresenta o tema Everything You Do is a Ballon:
Da Alemanha temos os Weekend Wolves, que num registo mais rápido apresentam Karma:
Numa onda mais Pop temos os americanos Cults, com Go Outside.
Também de NY, os Phantogram apresentam Bloody Palms.
Os The Lamps num registo mais pesado fazem também uma paródia
Duma forma mais melancólica, os Dr Dog fizeram a sua com Fools Life.
Muitos mais vídeos há nesta onda, tais como "St Peter" dos The Black Spiders e "January" dos Venetian Snares entre outros que vão surgindo.
Dos que aqui trouxe, destaco os dois primeiros, que descobri mesmo pela música em si e não pela ligação ao mesmo video.
Retirei os videos pelo lento carregamento que causam no blog. Podem ser consultados no Youtube.
sábado, 6 de outubro de 2012
Love Me Do: 50 anos
Por esta altura já a grande maioria das pessoas que lêem isto já sabe que ontem se comemorou os 50 anos do primeiro single dos Beatles, Love Me Do.
E a EMI decidiu há uns meses atrás anunciar que iria lançar uma cópia limitada do disco editado na altura, e até mandou a imagem cá para fora, seria uma coisa semelhante a isto:
E por esta altura várias centenas de fãs dos Beatles deviam estar a ouvir isto em repeat no gira-discos lá em casa. Mas não estão. Nem vão estar.
Ao que parece a EMI meteu a pata na poça e pegou na versão da Love Me Do do álbum (Please Please Me) em vez de usar a versão original do single. Eu até acho a versão do álbum mais agradável, mas não era esse o propósito... ora, para quem não está bem a ver o erro cometido, a grande questão aqui é o velho pesadelo do Ringo, ou seja, ele tocou no single que foi editado, mas mais tarde para a gravação do álbum George Martin (o produtor) preferiu que fosse um tal de Andy White a tocar a bateria nessa música.
E pronto, a EMI viu a asneira que fez, decidiu cancelar tudo, deitar fora os discos já impressos e anunciou que não afinal não vai haver edição especial 50 anos nenhuma.
Algumas pré-encomendas já foram entregues, e assistimos assim ao nascimento de mais uma raridade em vinil, dos Beatles, para colecionadores: a edição falhada dos 50 anos de Love Me Do.
quarta-feira, 3 de outubro de 2012
sábado, 22 de setembro de 2012
Ano Novo Belga
Todos os anos os astros dão umas voltas e sei lá mais o quê e definem assim o novo ano belga. Por alguma razão os astros ditaram que este ano fosse no dia 22 de Setembro. E por alguma razão decidem fazer uma pequena invasão a algumas cidades de França. Ou seja, tudo isto é um pretexto para se fazer concertos e festas e arraiais.
Hoje a atração musical cá do sítio são os Abynthe e Minded
Vamos lá ver se consigo ir lá espreitar...
domingo, 16 de setembro de 2012
Fête de l'Humanité 2012
Uma espécie de Avante! cá do sítio... mas um bocado maior. De destacar antes de mais o preço: 20€ pelos 3 dias. Em seguida os transportes, com maior frequência de metros na linha mais próxima do festival e autocarros tipo 750 a uma média de 14 por hora a fazerem o trajeto do metro à entrada do festival, gratuitos.
Infelizmente logo na entrada houve um problema com os scanners. Ao fim de mais de meia hora um grupo de jovens mais impaciente decidiu entrar... à força! Depois de gritarem "on va pousser! on va pousser!" empurraram mesmo e foi tudo à frente. Quando os seguranças foram lá acabaram por deixar as outras filas todas descobertas e foi a debandada geral. Acredito que todos os que estavam ali tivessem bilhete, portanto diria que ninguém entrou à borla, mas vai ser mais difícil para fazer a contabilidade.
Por fim, de registar também a tenda do PCP que no último dia aperaltou-se com um sistema de som, e entre pastéis de bacalhau, pães com chouriço e super bocks, ressoou A Carvalhesa. A tenda dos belgas tinha mais gente a comprar gauffres e batatas fritas, os espanhóis dominavam o quarteirão no campo do barulho, mas o cheiro que se sentia na Avenue Che Guevara na Village du Monde era a sardinha assada!
Shaka Ponk
A virose do momento, pelo que a rapaziada nova apareceu em força. Uma mistura de dance pop rock e eletrónica. É um bocado "fast-music" (analogia com "fast-food"), mas deu para fazer ali uma festarola de hora e meia.
New Order
Avanço já aqui que foi o melhor concerto que vi no festival. A entrada em palco foi feito ao som do clássico Ecstasy of Gold de Morricone (clássico do The Good The Bad and The Ugly), foi bonito. Mas a coisa só ganhou algum sabor quando se ouviu Isolation - uma versão dos Joy Division, como eles próprios fizeram questão de referir. Mas os New Order também têm os seus próprios trunfos e transformaram o recinto numa pista de dança, primeiro ao som do clássico True Faith, e depois o não menos clássico Blue Monday. Depois, o tradicional encore e "só temos tempo para mais uma canção... mas é uma grande canção!" e no ecrã no fundo do palco iam passando imagens do Ian Curtis enquanto os New Order tocavam, legitimamente, a Love Will Tear Us Apart, No fim da canção as imagens foram substituidas por "Joy Division Forever". É bom eles darem às pessoas aquilo que elas querem.
15/09
Dub Inc.
O melhor que consigo dizer deles é que são uma espécie parada no hip-hop e "arabizada" de Da Weasel. E isso não é bom.
Parov Stelar
A grande descoberta do festival! Não conhecia de todo, só fui ver para garantir lugar para ver tranquilamente Patti Smith. Mas isto ao vivo é muito forte. Penso que o senhor Parov seja o saxofonista, mas sem certeza. A senhora (vi agora que se chama) Cleo mexe-se muito bem em palco, puxa pelo público, canta bem. Bem feito, boa música, valeu bem a pena!
Patti Smith
Era da senhora Patti que eu estava a espera. O início foi chato. Chato que se farta mesmo! O alinhamento pareceu-me um bocado mal escolhido para festival, a rapaziada nova começou logo a dispersar dali, ou pelo menos os que ainda conseguiam. Outros aproveitaram para uma soneca. Temas desconhecido, muita pianada, muuuuita conversa sobre o amor e o futuro e a natureza e a liberdade. A coisa só ganhou realmente brilho quando a senhora Patti decidiu abrir as portas ao rock, com a Because the Night. Pena ter demorado uma hora a fazê-lo! Mas a partir daqui já não parou mais, esforçou-se por compensar o disparate feito na hora anterior. People Have the Power em jeito de hino e para o final uma versão longa e extendida de Glória, canção gamada aos Them.
Ainda houve espaço para o encore da praxe e para o final mais 10 minutos de rock, com mais um clássico: Rock 'n' Roll Nigger.
16/09
Zoufris Maracas
Há uma linha que separa o FMM Sines do Avante!. A fazer equilibrismo nessa linha estão o Zoufris Maracas. Descobri-os numa rádio, já não fui apanhado desprevenido. Musicas de intervenção com toques africanos e bom ritmo. Para o final, entre a Prison Dorée e a Un Gamin, uma invasão o vocalista apela a uma invasão de palco a que o público acedeu e acabou por ser uma bela festa.
sábado, 8 de setembro de 2012
Band of Horses - Mirage Rock
Aconselho a audição do novo álbum dos Band of Horses, Mirage Rock. Se não quiserem ter muito trabalho a arranjá-lo, peguem em músicas dos Crosby Stills Nash and Young e outras dos America e coloquem tudo em shuffle.
O que vão sentir ao ouvir isso não será muito diferente de ouvir o Mirage Rock.
domingo, 2 de setembro de 2012
OqueStrada 01-09-2012
Parvis de la Basilique de Saint-Denis
Pife na Manga, Yasmine Seydi
Um pique-nique mascarado de concerto, ou vice-versa. A ideia parece ter sido a "mairie" de Saint Denis oferecer uma tarde de final de verão aos habitantes. Para isso montaram umas quantas mesas e cadeiras no largo entre a Basílica de Saint-Denis e o edifício da "câmara municipal" lá do sítio.
Criou-se ali um ambiente muito bairrista, as pessoas foram aparecendo a partir das 19h com o próprio farnel, quer em sacos quer em cesto, e para os que não quiseram andar carregados havia duas barraquinhas a vender pastéis caseiros e grelhados. A parte das bebidas estava incluída no bolo oferecido pela organização, com uma banca a distribuir vinhaça, gasosa e coca-colas a quem quisesse.
Enquanto o cenário se ia compondo, num palco improvisado numas escadas iam tocando os Pife na Manga, um grupo de brasileiros que certamente ouviram muito Rão Kyao quando eram mais novos. Este pequeno espaço ia fazendo barulho quando no palco principal não acontecia nada.
Das 19h às 20h foi a "hora de jantar". Nesta hora estava apenas um mete-discos no palco, nada de interessante. Às oito da noite começou então o concerto duma tal Yasmine Seydi com mais 4 tipos a desfilarem clássicos da música da brasileira, que foi desde Tom Jobim até... *cof cof* Daniela Mercury.
Meter brasileiros a abrir é uma aposta excelente. Pode não estar ninguém a ver que eles fazem a festa sozinhos. Neste caso estavam talvez o equivalente a um Fazendas do Cortiço Vs São Manços.
Para as 21h30 estava então programado a grande atração da noite vindos diretamente esta tarde de "Lisbonna" como dizia o apresentador (não sei se não seria também o presidente lá do sitio). Claro, tuga que se preze não ia estar a chegar a horas, até parecia mal. Um atraso de 20 minutos, nada de muito grave, até deu tempo para as pessoas se aprochegarem.
O concerto em si não teve grandes variações ao habitual, a senhora Miranda apresentou-se com um vestido tradicional e um não menos tradicional... casaco de cabedal! Os discursos foram todos em francês-emigrante, mas ganha o prémio pelo esforço. Lá vieram as conversas que estão a empurrar os jovens para fora de Portugal e que Lisboa é muito bonita mas eles preferem a margem sul. "Pragal, ça fait mal".
Para o final, o tradicional encore com o pessoal animado a gritar "plus une, plus une". E eles lá voltaram, cantaram, agradeceram à Cristina ao Manel e ao Tónio, foram-se embora. O povo continuou com o "plus une plus une", e veio o shôr presidente pedir plus une, e plus une eles tocaram. Na falta de reportório, tocaram outra vez a Oxalá e aposto que cerca de 80% dos espetadores não percebeu que eram uma música repetida. Para o efeito também não interessava muito.
Foram-se embora outra vez, e de repente passou-se a ouvir "só mais uma!". E o shôr presidente ficou ali a tentar agradar a população, mas já se estava a fazer tarde e já não houve mais nenhuma.
Pife na Manga, Yasmine Seydi
Um pique-nique mascarado de concerto, ou vice-versa. A ideia parece ter sido a "mairie" de Saint Denis oferecer uma tarde de final de verão aos habitantes. Para isso montaram umas quantas mesas e cadeiras no largo entre a Basílica de Saint-Denis e o edifício da "câmara municipal" lá do sítio.
Criou-se ali um ambiente muito bairrista, as pessoas foram aparecendo a partir das 19h com o próprio farnel, quer em sacos quer em cesto, e para os que não quiseram andar carregados havia duas barraquinhas a vender pastéis caseiros e grelhados. A parte das bebidas estava incluída no bolo oferecido pela organização, com uma banca a distribuir vinhaça, gasosa e coca-colas a quem quisesse.
Enquanto o cenário se ia compondo, num palco improvisado numas escadas iam tocando os Pife na Manga, um grupo de brasileiros que certamente ouviram muito Rão Kyao quando eram mais novos. Este pequeno espaço ia fazendo barulho quando no palco principal não acontecia nada.
Das 19h às 20h foi a "hora de jantar". Nesta hora estava apenas um mete-discos no palco, nada de interessante. Às oito da noite começou então o concerto duma tal Yasmine Seydi com mais 4 tipos a desfilarem clássicos da música da brasileira, que foi desde Tom Jobim até... *cof cof* Daniela Mercury.
Meter brasileiros a abrir é uma aposta excelente. Pode não estar ninguém a ver que eles fazem a festa sozinhos. Neste caso estavam talvez o equivalente a um Fazendas do Cortiço Vs São Manços.
Para as 21h30 estava então programado a grande atração da noite vindos diretamente esta tarde de "Lisbonna" como dizia o apresentador (não sei se não seria também o presidente lá do sitio). Claro, tuga que se preze não ia estar a chegar a horas, até parecia mal. Um atraso de 20 minutos, nada de muito grave, até deu tempo para as pessoas se aprochegarem.
O concerto em si não teve grandes variações ao habitual, a senhora Miranda apresentou-se com um vestido tradicional e um não menos tradicional... casaco de cabedal! Os discursos foram todos em francês-emigrante, mas ganha o prémio pelo esforço. Lá vieram as conversas que estão a empurrar os jovens para fora de Portugal e que Lisboa é muito bonita mas eles preferem a margem sul. "Pragal, ça fait mal".
Para o final, o tradicional encore com o pessoal animado a gritar "plus une, plus une". E eles lá voltaram, cantaram, agradeceram à Cristina ao Manel e ao Tónio, foram-se embora. O povo continuou com o "plus une plus une", e veio o shôr presidente pedir plus une, e plus une eles tocaram. Na falta de reportório, tocaram outra vez a Oxalá e aposto que cerca de 80% dos espetadores não percebeu que eram uma música repetida. Para o efeito também não interessava muito.
Foram-se embora outra vez, e de repente passou-se a ouvir "só mais uma!". E o shôr presidente ficou ali a tentar agradar a população, mas já se estava a fazer tarde e já não houve mais nenhuma.
domingo, 26 de agosto de 2012
sábado, 21 de julho de 2012
The Legendary Tigerman 20-07-2012
Nouveau Casino, Paris
1ª parte: Mr Lab!
Estava à espera de encontrar uma meia dúzia de camisolas do Cristiano Ronaldo, mas na realidade não dei por um único tuga na sala (exceto eu e o Paulo Furtado, mas nenhum de nós disse uma única palavra em português), e a sala estava muito bem composta!
O "Femina" é um álbum muito bom, mas para apresentá-lo ao vivo é um quebra-cabeças. A solução passa por projetar videos com as moças a cantar. Não é uma solução que me agrade, mas até dá alguma companhia a um tipo que está sempre sozinho no palco. Sempre? Não. Para o final, última música, a referência a Daniel Johnston (que deu um concerto em Paris há 3 meses mas nenhum dos presentes acusou tê-lo visto) o bluesman de serviço sacou uma moça do público para cantar a True Love Will Find You In The End com ele. A moça não esteve mal, pena não saber a letra.
Já à saída apanhei dois ingleses na conversa. "Não estava nada à espera que fosse assim, é diferente" dizia um entusiasmado, com o amigo a concordar.
1ª parte: Mr Lab!
Estava à espera de encontrar uma meia dúzia de camisolas do Cristiano Ronaldo, mas na realidade não dei por um único tuga na sala (exceto eu e o Paulo Furtado, mas nenhum de nós disse uma única palavra em português), e a sala estava muito bem composta!
O "Femina" é um álbum muito bom, mas para apresentá-lo ao vivo é um quebra-cabeças. A solução passa por projetar videos com as moças a cantar. Não é uma solução que me agrade, mas até dá alguma companhia a um tipo que está sempre sozinho no palco. Sempre? Não. Para o final, última música, a referência a Daniel Johnston (que deu um concerto em Paris há 3 meses mas nenhum dos presentes acusou tê-lo visto) o bluesman de serviço sacou uma moça do público para cantar a True Love Will Find You In The End com ele. A moça não esteve mal, pena não saber a letra.
Já à saída apanhei dois ingleses na conversa. "Não estava nada à espera que fosse assim, é diferente" dizia um entusiasmado, com o amigo a concordar.
quinta-feira, 19 de julho de 2012
Triplejayandruiaur
Trago-vos aqui uma dupla de DJs meus amigos, cuja produção de sets é bastante agradável para o meu delicado tímpano, com sonoridades entre o electro e o funk, descontraídas, que dá para dançar sentado ou de pé, aqui e ali, sem grande alarido.
Aqui vai o segundo set desta dupla que podem encontrar em alguma festinha tranquila, ou numa mera arruada:
Aqui vai o segundo set desta dupla que podem encontrar em alguma festinha tranquila, ou numa mera arruada:
terça-feira, 17 de julho de 2012
Radiohead - Lucky
Agora em plena ressaca de um festival, consigo vislumbrar que finalmente concretizei o antigo sonho de assistir ao vivo a uma actuação dos Radiohead. O concerto foi memorável, extremamente profissional e ao mesmo tempo intimista. Na altura nem foi dos concertos que me encheu mais as expectativas, o que é natural, pois cada um tem a sua desejada setlist que nunca coincide exatamente com a escolha da banda, e falta sempre esta ou aquela música mais especial. Ontem e hoje tenho constantemente a música Lucky na cabeça, e nem foi daquelas com que mais vibrei, nem que mais se destaca nos meus gostos. Não sei bem porquê, ou talvez saiba, a letra é enigmática e cada um tem a sua interpretação, uns julgam-na mais pontual e palpável, outros consideram mais sentimental e metafísica. Pessoalmente vou mais na segunda leva, não deixando nunca de achar que tem mais que um sentido, e na minha vida, já representou umas e outras coisas diferentes, díspares, e até opostas. Acho-a especialmente artística, apesar de não saber a ideia de quem a escreveu, imagino algo a la Pollock, artista gráfico que deixou de dar nome aos seus quadros para não induzir as pessoas em erro, pois para ele a sua obra era ambígua, talvez até inefável, cada um repara e interpreta como quer, é um momento singular, único e pouco partilhável. Deixo-vos com a obra 1:
sábado, 14 de julho de 2012
Músicas de Filmes de Bikes - Capítulo II - Kingsley Flood
Neste segundo capítulo da saga, venho apresentar os Kingsley Flood, banda originária de Massachusetts que nos traz um rock indie com muitas influências country e folk. Os videos que circulam pela web de actuações desta banda, mostram concertos efusivos, cheios de energia, raparigas tatuadas com violinos e todas essas coisas que gostamos num concerto de final de tarde no palco principal. Têm muito potencial para serem uma grande banda, e a música que vos trago julgo ser uma boa demonstração disso mesmo.
O filme é uma realização amadora e muito artesanal, onde o talento do realizador é bem notório, pois os meios são escassos, tem ar de ter sido quase todo realizado durante uma voltinha de um dia, está imaginativo e acima de tudo, mostra um sítio lindíssimo associado a um espírito livre e divertido de fazer btt.
A banda:
A música:
O filme:
The Seekers. from Filme von Draussen on Vimeo.
A banda:
A música:
O filme:
The Seekers. from Filme von Draussen on Vimeo.
Ainda as "Bikes"...
Novas utilidades para as bicicletas, aqui há uns anos. Na altura penso que terá passado na televisão apenas para apresentar mais um jovem parolo.
Não vale a pena divagar sobre a personagem e a obra do Frank Zappa, é tudo demasiado grande para um post. Ficam apenas os números: 62 álbuns de originais editados enquanto vivo e mais 23 póstumos. E segundo a família ainda têm mais uns quantos em casa.
Isto significa que, seguindo os preços médios dos álbuns simples (ou seja, não duplos) do Frank Zappa na Fnac em Portugal (13.9€) seria preciso gastar 1112€ para ouvir um catálogo que reúne um pouco do melhor de muitos (todos?) os estilos de música.
We're Only in It for the Money
quinta-feira, 12 de julho de 2012
Músicas de Filmes de Bikes - Capítulo I - Loch Lomond
Para abrir as hostes, tem de ser um dos meus preferidos. Segue aqui Wax & Wire dos Loch Lomond. Com uma sonoridade próxima de Sigur Rós convidam-nos a paisagens musicais completas e épicas sempre acompanhadas de vozes suaves. O filme é o Into Thin Air e retrata a conquista do topo de duas altíssimas montanhas por parte de dois amigos com as respectivas ás costas e não só, seguido das descidas. A música fica muito bem, e o filme além de ter um conteúdo muito rico, está bem feito.
A banda:
A música:
O filme:
A banda:
A música:
O filme:
INTO THIN AIR | engl. Subtitles from infinite trails on Vimeo.
Músicas de Filmes de Bikes - Porquê?
Vou iniciar aqui uma série de artigos relacionados com o tema "Músicas de Filmes de Bikes". Ainda que para muitos possa parecer algo muito estanho julgo que se enquadra na filosofia deste blog, e passo a explicar porquê:
Como os restantes autores sabem, pratico avidamente BTT, entre outras actividades relacionadas com bicicletas, e faço parte integrante de uma comunidade global de pessoas que partilham deste mesmo prazer. Este conceito de comunidade interliga ciclistas de todas as partes do mundo através da exposição do que mais nos interessa aqui e ali: os caminhos, as paisagens, as pessoas e até a comida. O método mais fácil de partilhar com os demais aquilo que por aqui vivemos é, neste caso, com películas de duração reduzida, onde se concentra informação, aplica-se a criatividade e acima de tudo, mostra-se o que de melhor temos que os outros tanto gostam. Costumo consumir alguns/muitos videos destes género, de venho abrir este espaço para partilhar as músicas que me chegam ao ouvido através deste meio, que tem desempenhado um papel muito grande no desenvolvimento da minha cultura musical.
Como os restantes autores sabem, pratico avidamente BTT, entre outras actividades relacionadas com bicicletas, e faço parte integrante de uma comunidade global de pessoas que partilham deste mesmo prazer. Este conceito de comunidade interliga ciclistas de todas as partes do mundo através da exposição do que mais nos interessa aqui e ali: os caminhos, as paisagens, as pessoas e até a comida. O método mais fácil de partilhar com os demais aquilo que por aqui vivemos é, neste caso, com películas de duração reduzida, onde se concentra informação, aplica-se a criatividade e acima de tudo, mostra-se o que de melhor temos que os outros tanto gostam. Costumo consumir alguns/muitos videos destes género, de venho abrir este espaço para partilhar as músicas que me chegam ao ouvido através deste meio, que tem desempenhado um papel muito grande no desenvolvimento da minha cultura musical.
terça-feira, 10 de julho de 2012
Django Django - Django Django
O disco de apresentação desta banda tem andado em repetitivas repetições repetidas em loop no zumbido dos meus headphones, ou de outra pessoas, mas sou eu que os uso. Agrada-me as influências, principalmente dos The Beta Band, e acima de tudo a mistura de sons que se traduzem em faixas muito ritmadas com vozes a lembrar os velhinhos Beach Boys.
domingo, 10 de junho de 2012
Orelha Negra - Throwback
Com o anunciado lançamento de novo disco este ano, os Orelha Negra chutam cá para fora mais um single que promete um novo trabalho com a qualidade a que nos habituaram.
Entretanto o álbum já deverá ter saído à cerca de duas semanas.
Entretanto o álbum já deverá ter saído à cerca de duas semanas.
terça-feira, 5 de junho de 2012
dEUS em 2012
Estes belgas estão de volta em 2012, com o lançamento do disco Following Sea
Fica para já a ligação para o primeiro single estraído desta obra, Quatre Mains
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
Venda em Modo Doação
"Olá,-> ver no site oficial da banda.
Nós somos os You Can't Win, Charlie Brown e vamos representar Portugal no festival SXSW 2012 que se realiza em Março de 2012, em Austin, no Texas.
Embora em representação do nosso País num dos maiores festivais do mundo, todos os custos de deslocação, alimentação e estadia ficam ao nosso encargo. Os custos são de tal forma elevados que põem em causa a nossa presença neste festival.
Então pensámos: "Precisamos de ajuda!!!!"
Como Ajudar?"
Em troca de uma ajuda oferecemos um ou vários presentes:
Valor da doação | O que temos para oferecer: |
---|---|
0.01€ ≤ 4.99€ | Eu ajudei* |
5.00€ ≤ 7.99€ | Eu ajudei* + Poster assinado |
8.00€ ≤ 9.99€ | Eu ajudei* + Poster assinado + Download de EP inédito "3:33" |
≥10.00€ | Eu ajudei* + Poster assinado + Download de EP inédito "3:33" + bilhete** |
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