quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Tipsy - Trip Tease



Os Tipsy são um duo de São Francisco criado em 1996, e enquadram-se ali algures no electrónico experimental. Fritaria portanto, mas bastante audível, animada até! Ouvi-os pela primeira vez no saudoso Mensageiro da Moita, cujo genérico era a Grossenhosen, 3ª música deste album. Finalmente arranjei-o completo, estive a ouvir, e penso que uns quantos frequentadores deste blog até vão achar alguma graça isto.

Actualmente contam com mais 3 discos nas lojas (virtuais, que duvido que encontre isto noutro sitio... mas nunca se sabe!)

O Trip Tease em particular é um bocado de sopa: tem um bocadinho de tudo, tem vitaminas e proteínas e outras -inas mais, portanto, tal como a sopa, faz bem à saúde!

site oficial
myspace
Tipsy - Oops!:

Indie-Rock-Café


Como não poderia deixar de ser a algum momento da história teríamos de referir o bar onde a maior parte dos contribuintes deste infame blog se encontra e discute muito do que ouve.
Isto claro... sempre ao som de grandes bandas da cena mais alternativa do Pop/Rock.

O espaço não é grande, a decoração do mesmo gira em torno do vermelho e preto, as paredes estão geralmente cobertas com mostras ou exposições de arte (fotografia ou pintura).

Os preços são adequados, antes da meia-noite podem ter surpresas em alguns dias.
O ambiente é muito relaxado, a frequência é quase sempre feita por pessoas como tu e eu.

Mas o que realmente se salienta é a escolha delicada e variada da música que passam. Desde clássicos dos anos 50 (bem ao estilo de Elvis ou Chuck Berry), passando por bandas dos 80' (como Joy Division, Cure, Smiths...) ou mesmo música underground portuguesa actual, como por exemplo os Feromona.

Se estás farto sempre dos mesmos sítios, e queres cantarolar qualquer coisa enquanto bebes um copo, vai por mim que não vais ao engano!

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Around the World with Señor Coconut and His Orchestra


O Bino Lento já deve conhcer isto, trata-se do meu conterrâneo Uwe Schmidt, que é conhecido no mundo da música por n pseudónimos, um deles este.
O estilo de música que o caracteriza é o chamado Electrolatino. Basicamente faz covers de bandas como os Kraftwerk (no 1º album - El Baile Alemán), Michael Jackson, Doors e da Smoke on the Water dos Deep Purple no 2º (abram o link para ver parte da actuação no FMM Sines em 2007), e dos Yellow Magic Orchestra (1ª banda de Ryuichi Sakamoto) no seu 3º album,Yellow Fever. Nesta ocasião teve a honra dos 3 ilustres compositores, Sakamoto inclusivé, participarem na elaboração do álbum, o que acontece poucas vezes refira-se.
Em 2008 Uwe e a sua banda lançaram o Around The World, com covers de Daft Punk, Eurythmics, Prince, e por aí fora. Tudo muito bem remisturado e produzido. Devo dizer que a(s) cover(s) da Around the world (são 3 ao todo) estão soberbas.
Não pegou no original e fez um simples remix para abanar a peida, perdão a anca, aquilo está com pormenorezinhos elaboradíssimos, dá gosto de ouvir!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

and now for something completely different

Ouvi agora o última música dos suecos The Knife - Colouring of Pigeons. É a primeira música lançada da electro-ópera Tomorrow, In a Year, (sobre Darwin e a evolução), criada em colaboração com Mt. Sims, Planingtorock e a companhia dinamarquesa Hotel Pro Forma.
Muito bom!

Adam Green tem novo album


Chama-se Minor Love e será oficialmente editado a 16 de Fevereiro. Numa tentativa de cativar mais gente além do Bino Lento a ir ver o concerto ao Alquimista, e para que quem já queira ir tenha mais para apreciar, posto aqui o dito.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Fritaria 8 bits


A banda tem o nome bonito de Anamanaguchi (parece o um-dó-li-tá em alemão, Ene mene mu, raus bist du... etc), e podiam fazer música rock, punk ou indie, ou seja lá o que for, mas não!

Pegaram numa consola NES de 1985, hackaram-na e decidiram pegar no chip para fazer música. Quando li acerca do grupo pela primeira vez pensei que estes tipos se divertem a fazer circuit bending e não iria suportar ouvir aquilo.

Mas como existe um album dos tipos à borla na net, decidi sacar na mesma e até fiquei bem impressionado com aquilo! O 2º album da banda, Dawn Metropolis de 2008, que podem ouvir na íntegra no site da banda recomendo vivamente! Mesmo sem (para alguns o termo a utilizar deverá ser apesar d') a fritura de ouvir músicas que podiam ser retiradas do Mega Man, aquilo soa-me bastante bem. Especialmente a última do album - Mermaid. É das primeiras vezes que um conceito aparentemente tão díspar não me soa apenas a mais uma banalidade que é bem engendrada para o criador usufruir dos lucros do seu próprio pretensiosismo, mas sim a verdadeira música, com uma ideia genuinamente brilhante por trás.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

O Verdadeiro Espectáculo Rock




Não venho com este post trazer novidades a ninguém. Apenas uma grande homenagem a um grande álbum. Poderia estar a fazer homenagens discos gravados em estúdio, mas nunca mais sairia daqui. Mais uma razão para esta escolha: É integralmente registado a partir de um concerto ao vivo (London's Brixton Academy 22-08-2005). Tem um inicio incendiário ao som da toda-poderosa "Go With The Flow", logo seguida da "Regular John". Só estas duas prestações da banda tornam o momento especial. Seguem-se mais doze canções cheias de energia, por vezes libertada através de poderosos riff's outras vezes através de melodias muito inspiradas em Blues e Jazz. De salientar a forma muito característica como a banda interage com o público, respondendo a provocações, sendo ordinária, gritando hinos ao "politicamente-incorrecto", mas tudo isto de uma forma muito concisa, para não fazer desvanecer o ímpeto com que o espectáculo decorre. Todas as faixas apresentadas mostram versões diferentes daquelas que ouvimos nos registos de estúdio, e que para mim são Muito Melhores!!

É uma das melhores demonstrações de como um espectáculo musical pode ser realmente muito puro e simples, mas cheio de criatividade, talento e muita dedicação.


Não prolongo mais isto, nem promovo nenhum link, nem a porra do nome do registo, pois seria demasiado polémico.

Se não o têm, procurem... antes que ele vos encontre!

sábado, 16 de janeiro de 2010

Blakroc



Como ando numa onda de ouvir hip hop jazz e alternativo e dado que uma das minhas bandas preferidas de há uns anos para cá são os Black Keys (2 tipos de Ohio a fazerem blues rock do caralho), deixo aqui um post sobre o projecto Blakroc:
Uma data de artistas hip hop, entre eles Q-Tip dos A Tribe Called Quest, Mos Def e uma alguns membros dos Wu-Tang Clan (inclusivé o já falecido e infame Ol' Dirty Bastard que dava entrevistas à MTV completamente bebedo - hilariante, faz-me lembrar do Manuel João Vieira versão gueto) com os Black Keys ao encargo do acompanhamento musical. Soa bastante bem e dá uma ideia mais ampla daquilo que pode ser feito no hip-hop, que não é só o 50 Cent, carros com jantes de 19" em ouro, gajas a abanarem o que têm e tipos aos tiros.

Samurai Champloo



Ora juventude, não sei se muitos são adeptos das novas sonoridades orientais, eu sou, e após ter visto o anime do título, fiquei espantado com a qualidade musical daquilo. Aliás, fiquei ainda mais espantado depois de ter arranjado os albuns e de os ter ouvido por si só. Não era de esperar, pois o anime é do mesmo realizador que o Cowboy Bebop, que tem uma excelente banda sonora jazz e beat da autoria de Yoko Kanno.

Tratam-se de arranjos musicais ecléticos, com batidas hip hop, jazz, ambiente, funk, r&b (que eu pessoalmente confesso não apreciar por aí além), e mesmo de inspiração nipónica clássica. Muito poucas são as faixas que utilizam vozes (geralmente as de r&b - passar à faixa seguinte), o que faz sentido, pois trata-se de um produto lançado mais para o mercado ocidental, onde raps e cantarolice exagerada em japonês podiam ser um factor inibidor de vendas.

São 4 albuns ao todo, da autoria maioritária de DJ Tsutchie, dos hip hoppers Force of Nature e Shing02 e dos produtores Nujabes e Fat John (o único americano).

Godspeed You! Black Emperor

Gentilmente mostrado por um amigo exterior ao Blog, é das melhores coisas que ouvi nos últimos tempos. Honestamente, nem sei como definir o género musical destes senhores, que se diz fazerem Post-Rock. Com grandes influências de rock progressivo e música clássica acabam por nos dar um experimentalismo que não cabe em nenhum rótulo.

É calmo, muito melódico e progressivo. Este album só tem 3 faixas, cada uma delas com duração sempre superior a 10 minutos.

Não é convencional, é bom!

PS: Conteúdo susceptível de causar tédio, aborrecimento, raiva ou estupidez a quem estiver com ideias de ouvir uma coisa igual a tudo o que anda por aí!

Feira do Disco


Hoje apanhei uma feira do disco, na Gare do Oriente. Satisfeito com o acaso, passei por lá a ver o que encontrava! Logo à entrada, montes de CDs, o que não me interessava assim tanto. Ainda para mais, os autocolantes com os preços não eram nada convidativos: 10€ o cd, fosse o que fosse (excepto duplos, claro, que eram mais caros!). Rapidamente, dado o entusiasmo, saltei para a secção de vinil. E sim, há lá uns caixotes com alguns discos em vinil. Secção Pop/Rock. Fui procurar aqueles que tenho mais em estima, os clássicos. Pois bem, usados, Cream e Janis Joplin a 20€, Genesis e Jethro Tull a 25/30€... estupidamente caro, pensei eu. Já prevenido que me ia assustar, fui aos Beatles: Let it Be e Abbey Road, sem grande estado de conservação a 30€. Reedição do White Album a 45€. Sgt. Peppers a 40€. Caramba, isto não é uma feira, é um assalto!!

Ok, vamos lá dar mais uma oportunidade: 45 rpm. Costumam ser baratos! Lembro-me de não há muitos anos ter comprado alguns de Police e Pink Floyd a 1€, e outros ainda mais baratos, numa loja que existia na Rua da Madalena. Nessa loja, depois de uma pequena conversa com o tipo do balcão, cheguei a vasculhar os caixotes das reservas, em que ele me vendeu cada single a 20 centimos! Mas na feira não. Ranhoseiras francesas em mau estado 2€. Ranhoseiras em melhor estado 5€. Coisas a sério recusei-me a ver. Senti-me estúpido ali a vasculhar.

Ainda assim, ao virar-me encontrei um caixote com 45rpm's portugueses! Felizmente o povo tuga não se interessa muito por música portuguesa, é aqui que vou encontrar alguma coisa que valha a pena. Single do Sérgio Godinho 30€. Zeca Afonso: 45€. Até a Simone de Oliveira não estava a menos de 20€!!!!! Relembro, isto numa suposta feira do disco!!


Antes tinha ido à FNAC. Vôo Nocturno e Norte, do Jorge Palma 6€, Best of duplo do David Bowie + DVD do filme Ziggy Stardust and the Spiders From Mars, 19€. 22 Cd's + 11 livros do Frank Sinatra 22€. Muitos CDs com DVD extra, 10€. Disco em vinil, novos (reedições) 20€/25€.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

The Temper Trap

Penso que já toda a gente passou por algo assim:
- Ouve uma música bacana, ninguem sabe o nome. Passado algum tempo, e por acaso, descobre a banda e felizmente não era uma "One-hit-band"

Foi assim que me aconteceu com The Temper Trap. Como cartão de entrada deixo as músicas que não sabia o nome/banda:


The Temper Trap - Fader

The Temper Trap - Sweet Disposition

The Temper Trap - Science of Fear

É ouvir e comentar!
Há já algum tempo que queria escrever, aqui no blog, sobre esta banda que se tornou numa das minhas favoritas de sempre, aqui vai: Nascido da fusão entre o nome do guitarrista dos Rolling Stones, Brian Jones e o suicídio em massa de um culto com mais de 900 pessoas ocorrido em Jonestown, Guyana (liderado por um tipo chamado Jim Jones, procurem no Wikipedia, é uma leitura interessante) o nome Brian Jonestown Massacre deixa o sobrolho arqueado e a sua articulação um pouco problemática nas primeiras tentativas. A banda americana surgiu no inicio dos anos 90 com raízes profundas no rock neo-psicadélico, e nas influências musicais que felizmente os afligem contam-se os Rolling Stones, os Beatles, Bob Dylan, Velvet Underground e outros. Todas essas influências são facilmente observadas nos seus álbuns (já vão em 12, com mais um marcado para sair no próximo mês), que assumem de bom grado o revivalismo do bom rock dos anos 60.
Líder, membro fundador, e único membro constante da banda, Anton Newcombe possui um grande talento, e é completamente fodido da cabeça. No documentário de 2004, DiG! (aconselho que vejam) que retrata os BJM, os Dandy Warhols, a amizade e pós-rivalidade entre os seus respectivos lideres quando os seus caminhos se divergiram: enquanto os Dandy Warhols gozavam de um claro sucesso comercial, os Brian Jonestown Massacre, implodindo por várias vezes, e afastando-se completamente da industria musical, despachavam uma quantidade notável de agulhas hipodérmicas. Na sua contínua repulsa pela industria Newcombe criou em 2001 a sua própria editora discográfica The Committee To Keep Music Evil que tem como propósito a divulgação da música dos BJM não disponível nos meios usuais, e gravar novas bandas protegendo a música e os seus artistas, opondo-se à industria musical.
Depois desta divagação devo aconselhar que saquem a discografia da banda, caso não queiram ter esse trabalho adquiram pelo menos o Their Satanic Majesties Second Request (uma homenagem ao álbum dos Rolling Stones) que é o mais psicadélico e enraizado nos anos 60, sendo a meu ver um dos álbuns mais marcantes da carreira da banda e o que melhor define o seu estilo, em baixo disponibilizo também o Tepid Peppermint Wonderland: A Retrospective que é um álbum de compilação de Greatest Hits de 2004 que cobre grande parte da carreira da banda e vos pode dar uma ideia do que se trata. Caso gostem e queiram os restantes álbuns é só pedir.

Vacuum Boots do album Take It From the Man!
(também se encontra no Tepid Pepermint)

Fresquinha fresquinha

Como estamos em alturas que está em voga o "French Touch" no departamento da música de dança, fica aqui uma musica bem light, happy house, a pedir calor e mais saídas à noite:



And now, for something completely different (mas ainda na onda French Touch) :

Etienne de Crecy


Vale a pena ver, nem que seja pelos efeitos do palco.

Isto não pode ser sempre sacrifício de galinhas e power metal... ;)

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Mão Morta - 25 Anos

Desta vez sim, comemora-se um múltiplo de 5 na carreira desta banda, são 25 anos de uma longa e bem sucedida caminhada, aniversário esse que trará ainda este ano um novo album de originais às prateleiras. Para os mais distraídos ou simplemsente para aqueles que não vivem sem a música dos Mão Morta, aqui fica uma colectânea.



Mão Morta - Destilo Ódio