terça-feira, 17 de julho de 2012

Radiohead - Lucky


Agora em plena ressaca de um festival, consigo vislumbrar que finalmente concretizei o antigo sonho de assistir ao vivo a uma actuação dos Radiohead. O concerto foi memorável, extremamente profissional e ao mesmo tempo intimista. Na altura nem foi dos concertos que me encheu mais as expectativas, o que é natural, pois cada um tem a sua desejada setlist que nunca coincide exatamente com a escolha da banda, e falta sempre esta ou aquela música mais especial. Ontem e hoje tenho constantemente a música Lucky na cabeça, e nem foi daquelas com que mais vibrei, nem que mais se destaca nos meus gostos. Não sei bem porquê, ou talvez saiba, a letra é enigmática e cada um tem a sua interpretação, uns julgam-na mais pontual e palpável, outros consideram mais sentimental e metafísica. Pessoalmente vou mais na segunda leva, não deixando nunca de achar que tem mais que um sentido, e na minha vida, já representou umas e outras coisas diferentes, díspares, e até opostas. Acho-a especialmente artística, apesar de não saber a ideia de quem a escreveu, imagino algo a la Pollock, artista gráfico que deixou de dar nome aos seus quadros para não induzir as pessoas em erro, pois para ele a sua obra era ambígua, talvez até inefável, cada um repara e interpreta como quer, é um momento singular, único e pouco partilhável. Deixo-vos com a obra 1:




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