Este filme documental retrata o trabalho de três profissionais de urgências médicas na capital da Bulgária. Devido à fraca qualidade do sistema de saúde deste país da Europa Ocidental, a vida de "uma ambulância" é tudo menos fácil, aparecendo complicações tanto do lado dos pacientes, como também do lado logístico do sistema de saúde, e estes refletem-se em fadiga profissional, que vai sendo apagada pela força de vontade e amor à profissão destes três prestáveis cidadãos.
terça-feira, 30 de outubro de 2012
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
Meio Metro de Pedra
Meio Metro de Pedra é o filme/ documentário sobre o rock português. Mas o rock a sério, não são essas mariquices do Rui Veloso e sei lá o quê.
Vai mais atrás que isso, mostra como começou e como se viveu o rock nos anos 50 e 60, a quantidade enorme de bandas que houve e o grande fluxo de gente que movimentou. Os atritos causados pelo regime vigente na altura, que de uma forma direta impediam a divulgação do que era novo, o medo do rock, da agitação social, e mesmo o serviço militar obrigatório e a guerra nas colónias, assim como de forma indireta boicotava a informação vinda do estrangeiro, obrigaram este movimento a ser bastante criativo.
Contudo teve que permanecer semi-oculto, teve que permanecer underground, não podiam dar nas vistas.
E, apesar de terem sido milhares a viverem essa época, acabaram por ser esquecidos. Depois do 25 de abril as premissas eram outras, os cantares eram outros, o movimento já estava passado, já não se voltou a pegar nisso. O mainstream mudou mas a contra-cultura manteve o estatuto.
E o movimento continuou a evoluir. Tivemos espaço para psicadélico, para punk e para outros rocks. E ainda hoje anda por aí, com concertos em bares e salinhas, com programas de rádio noctívagos e amadores.
Conta com a participação de Daniel Bacelar, Adolfo Luxúria Canibal, Victor Gomes, Henrique Amaro, Tó Trips, entre outros, pode ser visto em
http://www.meiometrodepedra.com/
Obrigatório.
Vai mais atrás que isso, mostra como começou e como se viveu o rock nos anos 50 e 60, a quantidade enorme de bandas que houve e o grande fluxo de gente que movimentou. Os atritos causados pelo regime vigente na altura, que de uma forma direta impediam a divulgação do que era novo, o medo do rock, da agitação social, e mesmo o serviço militar obrigatório e a guerra nas colónias, assim como de forma indireta boicotava a informação vinda do estrangeiro, obrigaram este movimento a ser bastante criativo.
Contudo teve que permanecer semi-oculto, teve que permanecer underground, não podiam dar nas vistas.
E, apesar de terem sido milhares a viverem essa época, acabaram por ser esquecidos. Depois do 25 de abril as premissas eram outras, os cantares eram outros, o movimento já estava passado, já não se voltou a pegar nisso. O mainstream mudou mas a contra-cultura manteve o estatuto.
E o movimento continuou a evoluir. Tivemos espaço para psicadélico, para punk e para outros rocks. E ainda hoje anda por aí, com concertos em bares e salinhas, com programas de rádio noctívagos e amadores.
Conta com a participação de Daniel Bacelar, Adolfo Luxúria Canibal, Victor Gomes, Henrique Amaro, Tó Trips, entre outros, pode ser visto em
http://www.meiometrodepedra.com/
Obrigatório.
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
Psicadelic Rock Part 2/2 - Outras recomendações
Ainda relacionado com o psicadelic rock do último post ficam outras duas sugestões para o "trabalho de casa":
The Shakedown Project:
The Black Angels:
Adicionalmente recomendo Brian Jonestown Massacre (A Anemone por exemplo / O álbum mais recente da banda foi lançado em Maio e chama-se Aufheben - possível review no futuro) e os Raveonettes ( do último álbum saído do forno o mês passado recomendo a The enemy)
The Shakedown Project:
The Black Angels:
Psicadelic Rock Part 1/2 - Tame Impala
Conheci Tame Impala inicialmente na "preparação" para o festival SBSR 2011. A partir desse momento o seu som bastante distinto ficou em memória como algo a ouvir com alguma regularidade. Classificaria a banda como rock psicadélico que acho bastante semelhante a Beatles na sua fase mais psicadélica.
O CD que na altura apresentavam era o Innerspeaker (o seu álbum de estreia):
Músicas que destaco são a "Solitude is Bliss" e a "Lucidity". O novo (segundo) álbum que lançaram no inicio deste mês chama-se Lonerism.
Em termos de música deste álbum destaco a "Elephant" e a "Apocalipse Dreams". Pessoalmente acabei por gostar mais do primeiro álbum mas fica a sugestão de uma banda a seguir.
Rolling Stones - La Villette
Pela hora que vos escrevo, estão os Rolling Stones a tocar ali, a 10 quilometrozinhos, no Parc La Villette, felizes e contentes por fazerem 50 anos de vida.
Depois de terem agendado umas quantas datas de concertos na América e em Inglaterra a preços altamente criticados (o mais barato em Londres rondava os 130€), anunciaram esta manhã, via twitter, um concerto surpresa. O anúncio foi feito às 10h da manhã, ao meio dia os bilhetes foram postos à venda num local único nos Champs Elysées. 350 lugares que evaporaram em segundos, não só por serem os RS como cada bilhete custar.... 15€.
Infelizmente não arranjei bilhete.
You can't always get want you want...
Depois de terem agendado umas quantas datas de concertos na América e em Inglaterra a preços altamente criticados (o mais barato em Londres rondava os 130€), anunciaram esta manhã, via twitter, um concerto surpresa. O anúncio foi feito às 10h da manhã, ao meio dia os bilhetes foram postos à venda num local único nos Champs Elysées. 350 lugares que evaporaram em segundos, não só por serem os RS como cada bilhete custar.... 15€.
Infelizmente não arranjei bilhete.
You can't always get want you want...
terça-feira, 23 de outubro de 2012
Weekend Wolves
Este projecto alemão que pode ser considerado One-Man-Band ou DJ ainda não tem álbum lançado, mas brinda-nos com muitos temas disponíveis no SoundCloud e também videoclips no Youtube.
Com uma sonoridade ambient sombria, com beats lentos e melodias harmoniosas oferece um conjunto de canções onde se nota um estilo muito próprio e bem estruturado. Entre remisturas e originiais, vale a pena dar uma vista de olhos pelo cardápio:
http://soundcloud.com/weekend-wolves
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Belo
Setembro de 1963. Faltam-nos canções, ou pelo menos canções que julguemos capazes de chegar à tabela. O nosso baú de R&B está cada vez mais vazio e não oferece nada de plausível.
Ensaiávamos no Studio 51, perto do Soho. O Andrew tinha desaparecido para dar uma volta, desanuviar do ambiente carregado, e deu com o John e o Paul, acabados de sair de um taxi em Charing Cross Road.
Foram tomar um copo os três e a angústia do Andrew não passou despercebida. Ele explicou-lhes o problema: não tínhamos canções.
Vieram ter connosco ao estúdio e o John e o Paul deram-nos uma canção que faria parte do seu próximo álbum mas que não sairia como single, "I Wanna Be Your Man". Tocaram-na connosco. O Brian acrescentou uma guitarra slide à maneira. O produto final soava indiscutivelmente mais a Stones do que a Beatles e ninguém duvidou que teríamos ali um hit.
Eles estavam bem cientes do que faziam. Eram autores de canções que tinham de vender a sua mercadoria como os gajos da Tin Pan Alley e acharam que aquela canção se adequava bem a nós.
Além disso, havia entre nós uma estima recíproca. O Mick e eu admirávamos-lhes as canções, as harmonias; eles invejavam a imagem, a liberdade de movimentos. Agradava-lhes a ideia de colaborarmos. Sempre tivémos uma relação muito amigável com os Beatles.
E decidimos praticamente coordenar actividades: como na altura saíam singles a cada seis, oito semanas, tentámos conjugar calendários para que não houvesse sobreposições.
Lembro-me de o John Lennon me ligar e dizer:
- Temos disco, mas ainda falta misturá-lo.
- Nós já temos um pronto.
- OK. Vocês primeiro, então.
Keith Richards, "Life", Theoria, 2011, págs 147 e 148
Copiado do Ié-Ié
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
Músicas de Filmes de Bikes - Capítulo III
Desta vez o tema é abordado de outra forma. Tudo começa em 1963 quando é lançado nos estados unidos um vídeo ilustrativo dos perigos associados a uma má condução de uma bicicleta em zonas urbanas. Poderia ser apenas mais um, como muitas campanhas de segurança rodoviárias que surgem frequentemente, mas não, talvez devido ás experiências com substâncias psico-activas, ou algo semelhante, todo o vídeo é insólito. Começando pelas personagens intervenientes, são crianças mascaradas com estranhas caras de macaco e umas caudas longas e arrebitadas. A banda sonora é intrigante e vintage (mesmo para a altura) misturando animadas canções com efeitos sonoros representativos do que vai acontecendo. A narração e o enredo combinam com os anteriores aspectos referidos, e só por isso vale a pena dar uma vista de olhos. Está aqui .
Nos últimos anos tem havido um sentimento revivalista desta produção por entre algumas das bandas do "indie-rock" mais alternativo, e surgiram video-clips bastante interessantes que remisturam imagens deste nosso filme, acompanhados pela música que cada banda assim deseja.
Comecemos pelos Boards of Canada, uma banda escocesa de indie-experimental, virada para a electrónica downtempo, que apresenta o tema Everything You Do is a Ballon:
Da Alemanha temos os Weekend Wolves, que num registo mais rápido apresentam Karma:
Numa onda mais Pop temos os americanos Cults, com Go Outside.
Também de NY, os Phantogram apresentam Bloody Palms.
Os The Lamps num registo mais pesado fazem também uma paródia
Duma forma mais melancólica, os Dr Dog fizeram a sua com Fools Life.
Muitos mais vídeos há nesta onda, tais como "St Peter" dos The Black Spiders e "January" dos Venetian Snares entre outros que vão surgindo.
Dos que aqui trouxe, destaco os dois primeiros, que descobri mesmo pela música em si e não pela ligação ao mesmo video.
Retirei os videos pelo lento carregamento que causam no blog. Podem ser consultados no Youtube.
Nos últimos anos tem havido um sentimento revivalista desta produção por entre algumas das bandas do "indie-rock" mais alternativo, e surgiram video-clips bastante interessantes que remisturam imagens deste nosso filme, acompanhados pela música que cada banda assim deseja.
Comecemos pelos Boards of Canada, uma banda escocesa de indie-experimental, virada para a electrónica downtempo, que apresenta o tema Everything You Do is a Ballon:
Da Alemanha temos os Weekend Wolves, que num registo mais rápido apresentam Karma:
Numa onda mais Pop temos os americanos Cults, com Go Outside.
Também de NY, os Phantogram apresentam Bloody Palms.
Os The Lamps num registo mais pesado fazem também uma paródia
Duma forma mais melancólica, os Dr Dog fizeram a sua com Fools Life.
Muitos mais vídeos há nesta onda, tais como "St Peter" dos The Black Spiders e "January" dos Venetian Snares entre outros que vão surgindo.
Dos que aqui trouxe, destaco os dois primeiros, que descobri mesmo pela música em si e não pela ligação ao mesmo video.
Retirei os videos pelo lento carregamento que causam no blog. Podem ser consultados no Youtube.
sábado, 6 de outubro de 2012
Love Me Do: 50 anos
Por esta altura já a grande maioria das pessoas que lêem isto já sabe que ontem se comemorou os 50 anos do primeiro single dos Beatles, Love Me Do.
E a EMI decidiu há uns meses atrás anunciar que iria lançar uma cópia limitada do disco editado na altura, e até mandou a imagem cá para fora, seria uma coisa semelhante a isto:
E por esta altura várias centenas de fãs dos Beatles deviam estar a ouvir isto em repeat no gira-discos lá em casa. Mas não estão. Nem vão estar.
Ao que parece a EMI meteu a pata na poça e pegou na versão da Love Me Do do álbum (Please Please Me) em vez de usar a versão original do single. Eu até acho a versão do álbum mais agradável, mas não era esse o propósito... ora, para quem não está bem a ver o erro cometido, a grande questão aqui é o velho pesadelo do Ringo, ou seja, ele tocou no single que foi editado, mas mais tarde para a gravação do álbum George Martin (o produtor) preferiu que fosse um tal de Andy White a tocar a bateria nessa música.
E pronto, a EMI viu a asneira que fez, decidiu cancelar tudo, deitar fora os discos já impressos e anunciou que não afinal não vai haver edição especial 50 anos nenhuma.
Algumas pré-encomendas já foram entregues, e assistimos assim ao nascimento de mais uma raridade em vinil, dos Beatles, para colecionadores: a edição falhada dos 50 anos de Love Me Do.
quarta-feira, 3 de outubro de 2012
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