sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Há já algum tempo que queria escrever, aqui no blog, sobre esta banda que se tornou numa das minhas favoritas de sempre, aqui vai: Nascido da fusão entre o nome do guitarrista dos Rolling Stones, Brian Jones e o suicídio em massa de um culto com mais de 900 pessoas ocorrido em Jonestown, Guyana (liderado por um tipo chamado Jim Jones, procurem no Wikipedia, é uma leitura interessante) o nome Brian Jonestown Massacre deixa o sobrolho arqueado e a sua articulação um pouco problemática nas primeiras tentativas. A banda americana surgiu no inicio dos anos 90 com raízes profundas no rock neo-psicadélico, e nas influências musicais que felizmente os afligem contam-se os Rolling Stones, os Beatles, Bob Dylan, Velvet Underground e outros. Todas essas influências são facilmente observadas nos seus álbuns (já vão em 12, com mais um marcado para sair no próximo mês), que assumem de bom grado o revivalismo do bom rock dos anos 60.
Líder, membro fundador, e único membro constante da banda, Anton Newcombe possui um grande talento, e é completamente fodido da cabeça. No documentário de 2004, DiG! (aconselho que vejam) que retrata os BJM, os Dandy Warhols, a amizade e pós-rivalidade entre os seus respectivos lideres quando os seus caminhos se divergiram: enquanto os Dandy Warhols gozavam de um claro sucesso comercial, os Brian Jonestown Massacre, implodindo por várias vezes, e afastando-se completamente da industria musical, despachavam uma quantidade notável de agulhas hipodérmicas. Na sua contínua repulsa pela industria Newcombe criou em 2001 a sua própria editora discográfica The Committee To Keep Music Evil que tem como propósito a divulgação da música dos BJM não disponível nos meios usuais, e gravar novas bandas protegendo a música e os seus artistas, opondo-se à industria musical.
Depois desta divagação devo aconselhar que saquem a discografia da banda, caso não queiram ter esse trabalho adquiram pelo menos o Their Satanic Majesties Second Request (uma homenagem ao álbum dos Rolling Stones) que é o mais psicadélico e enraizado nos anos 60, sendo a meu ver um dos álbuns mais marcantes da carreira da banda e o que melhor define o seu estilo, em baixo disponibilizo também o Tepid Peppermint Wonderland: A Retrospective que é um álbum de compilação de Greatest Hits de 2004 que cobre grande parte da carreira da banda e vos pode dar uma ideia do que se trata. Caso gostem e queiram os restantes álbuns é só pedir.

Vacuum Boots do album Take It From the Man!
(também se encontra no Tepid Pepermint)

1 comentário:

silva disse...

very nice idd! thx pela sugestão bst!