quinta-feira, 29 de novembro de 2012

The Dark Knight Rises OST


Hans Zimmer é um incontornável grande nome no mundo das bandas sonoras de filmes de Hollywood.

Habituei-me agradavelmente ás suas bandas sonoras ricas em sons variados que complementam os filmes de Christopher Nolan. A sua carreira extravasa o curto trabalho deste realizador, mas para mim é com ele que se realça.

As paisagens sonoras dos ambientes de Nolan são pura poesia, e para culminar a trilogia de Batman, Zimmer faz esta obra notável. Vou falar um bocadinho sobre o filme em si, que recentemente revi. De ante-mão sabia que seria um grande filme, os dois terços anteriores da trilogia assim o eram, e este tinha tudo para mais uma vez me encher as expectativas. Para não variar fiquei maravilhado com um espectáculo onde se espreme o melhor que Hollywood tem para oferecer. Mas acima de tudo a música envolvente deste trabalho revelou-se fulcral, distinta e decisiva. Não é comum dar-se tanto por ela, e para mim foi um elemento presente desde início. Funcionou como um prolongamento da paisagem, mas não uma mera entediante planície. Eram montanhas épicas, rios gelados, densas florestas... enfim, o que lhe queiram chamar, que não está ali apenas a ocupar espaço, mas sim a chamar a atenção pelas melhores razões.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Letras

Venho aqui abordar um assunto delicado, as letras das canções. Vou falar de duas em especial, que apesar de não serem as melhores do mundo, acho que merecem algum destaque.

A primeira pertence a uma banda de que nem gosto muito, os Muse. A música é Unsustainble.

Pegando num corolário da segunda lei da termodinâmica, os Muse criam uma metáfora em que associam os efeitos descritos com a evolução económica global. Apesar de não gostar muito da música, acho que a ideia é muito boa, original e acima de tudo, transmite uma mensagem bastante forte.


Podem ouvir aqui.


A segunda, minha favorita destas duas, é a You dos Gold Panda. A letra desta música é somente, passo a citar, "You and Me". Mas a forma como é entoada leva-nos a um universo totalmente diferente de comunicação, onde a imaginação é crucial, mas a percepção bastante agradável.

Deixo o video:


segunda-feira, 19 de novembro de 2012

The Dubliners



Não são só os Beatles e os Stones que fazem 50 anos. Os Dubliners batem no meio século este ano, e também eles têm um álbum especial para celebrar a data. Depois do To Late to Stop Now (The Very Best Of) e do Collection de 2006, e ainda do Very Best Of de 2009 e do Best Of The Original Dubliners de 2010, eis que nos chega o 50 Years, uma compilação de 3 CDs que pelo nome até dá ares de ser um ...best of!

Para celebrar a data vão andar em digressão pelo norte da Europa até ao final do ano. E ficam-se por aí.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Whatever Gets You Through The Night


Certa altura John Lennon estava com um "writers block". Tinha pedaços de coisas, estava a tentar compôr canções mas a coisa não lhe saía. Há alturas assim. E como desta vez o Macca não estava lá para ajudá-lo, John decidiu pedir ajuda a outro John, desta vez o Elton.

Ora claro está que o Elton não podia desperdiçar a oportunidade. E cheio de convicção não só aceitou o desafio como ainda lhe garantiu que ia pegar nos retalhos e construir um top one, mas com a condição de que se fosse bem sucedido o Lennon teria que alinhar num concerto com ele.

E lá está, se calhar até foi o próprio Elton que comprou uns milhares de cópias ou sei lá, mas foi assim que nasceu a Whatever Gets You Through The Night. E o Lennon juntou-se ao Elton a 28 de novembro de 1974 no concerto em Madison Square Garden.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Hommage à José Afonso




Com a colaboração da associação José Afonso (Lisboa).


Uma voz rebelde, um despertar de consciência

José Afonso
é, sob a ditatura de Salazar e Caetano (1932-1974), uma das vozes mais ouvidas pelos opositores ao regime. Uma voz rebelde quando Amália Rodrigues domina os palcos. Difundida na noite de 25 de abril de 1974, Grândola, uma das canções de protesto, dá o sinal para a revolução dos Cravos. Ouvida em todo o país, torna-se um hino. Conhecido do grande público, tanto em Portugal como no estrangeiro, o autor não cede à tentação de ser um ídolo; a sua função é de outra natureza, despertar consciências.

José Afonso escolheu a canção como uma arma política. Para assegurar o impacto das suas letras, poéticas, ele imagina melodias sólidas, suportadas por ritmos eficazes. A voz seduz imediatamente. Ela traduz uma viva sensibilidade e exprime todos pormenores de uma emoção.

Autor de catorze discos, José Afonso faleceu em 23 de fevereiro de 1987. Está sepultado no cemitério de Setúbal: uma sepultura modesta, à sua imagem.

Cerca de trinta anos após uma série de concertos no Théâtre de la Ville, é a memória dessa voz rebelde e desse despertar de consciências que se celebra: uma noite em sua homenagem, sob a direçãomusical de Júlio Pereira (acompanhado por quatro músicos), ao seu la no placo, em Paris, em novembro de 1981, em que participaram Francisco Fanhais, um dos seus companheiros, João Afonso, o filho e também cantor, fadista António Zambujo, a talentosa cantora cabo-verdiana Mayra Andrade e Yara Gutking, voz que acompanha e Júlio Pereira.


tradução livre a partir do texto de
Jacques ERWAN

E tudo isto porque está marcado para o próximo 21 de novembro uma homenagem ao Zeca em Chatelêt, mesmo no meio de Paris. (link)

UPDATE: ESGOTADO (não fui)

domingo, 11 de novembro de 2012

Disco de Natal 1


Sufjan Stevens - Silver & Gold: Songs For Christmas (2012)


Está aqui um conjunto de 5 CDs num total de 58 canções para se deixar a tocar durante a ceia. Ainda não ouvi, mas pelo alinhamento parece ter alguns daqueles clássicos que ouvimos todos os anos o Coro de Sto Amaro de Oeiras a cantar no Natal dos Hospitais. Acredito que o Sufjan tenha sido um pouco mais original. Espero eu!

sábado, 10 de novembro de 2012

Especial Rolling Stones


Os Rolling Stones fazem 50 anos. Para celebrar a data a rádio FIP preparou uma emissão especial de 10 horas com clássicos, raridades, entrevistas, concertos e sei lá mais o quê.

Pode ser ouvido em http://www.fipradio.fr/player

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Tendências musicais (essencialmente música electrónica)

À uns tempos descobri um site que me levou a registar e consulto todos os dias: O Hype Machine

Image of Hype Machine and SoundCloud logos.
http://hypem.com/

Trata-se de um site extremamente interessante para quem quiser estar actualizado em termos de trends. O site oferece todas as semanas um chart das músicas mais populares (que foram mais ouvidas em relação à semana passada).
http://hypem.com/popular ou ainda a semana passada http://hypem.com/popular/lastweek

As fontes para este site são conhecidas: charts de músicas, blogs de músicas, visualizações de vídeos do youtube, etc. O site neste momento também está optimizado para o soundclound (outro popular site) permitindo fazer a interligação entre ambos.

O site também possuí uma forte componente social, permitindo seguir amigos, partilhar músicas favoritas e o seu histórico de músicas ouvidas. Em suma, outra boa fonte para descobrir música. Para mim, a única falha que possui neste momento é a comunidade. A comunidade é mais virada para música electronica, dubstep e afins mas consegue-se encontrar grandes descobertas de outros géneros musicais. Se não gostarem deste tipo de música é sempre possível filtrar! Fica o link para minha account: http://hypem.com/ziney

Abraço!

domingo, 4 de novembro de 2012

Line of Sight


O que pode ter mais acção do que um filme de Hollywood?
-Um documentário sobre um documentarista. Sim, é verdade.  Este documentário é sobre Lucas Brunelle, um virtuoso documentarista que se dedica a captar as melhores imagens das mais loucas e perigosas corridas urbanas de orientação em bicicleta, as AlleyCats.  Esta película retrata o esforço e o talento deste senhor que se desloca ás principais capitais do mundo moderno para participar e filmar os mais velozes ciclistas destas corridas ilegais. A sua capacidade de captar as melhores imagens é muito boa, sempre acompanhado pela seu zingarelho, feito de duas câmaras de filmar e um capacete, na cabeça.

Se por um lado nos submerge na cultura alternativa dos mensageiros e ciclistas mais hardcore dos maiores centros urbanos, por outro leva-nos a belíssimos locais naturais, tal como a muralha da China, ou o Guatemala.

O ritmo do documentário é algo nunca visto, puxa pela adrenalina e muitas vezes leva-nos a encolher quando vemos um carro demasiado perto. A banda sonora acompanha bem este ritmo e a organização das peças está muito bem conseguida.

Pode ser visto aqui , então sacado da net ou comprado em DVD.

Imperdível.