domingo, 11 de julho de 2010

Melody Gardot


Numa longa noite de verão enquanto fazia zapping pela TV deparo-me na RTP 2, sempre na sua temática de cultura, a qual não tenho nada contra, com um som harmonioso.

QUE RAIO? - Pensei eu, ainda zonzo do dia anterior do ALIVE2010 e alguns concertos que não corresponderam às expectativas...
MAS QUE SOM PURO E PERFEITO É ESTE? - Talvez causado pelo romantismo de uma noite quente e vestígios de ainda algum álcool...

Deparei-me com um documentário sobre esta artista no qual fiquei agarrado durante a inteira duração, algo raro para mim enquanto vejo televisão. A complexa simplicidade do jazz e blues muitas vezes cativa-me portanto é natural ter uma tendência para gostar disto.
A ausência de gritos que chamam cantar ou de guitarras a rasgar com uma bateria a marcar o ritmo que nem uma marcha militar dos tempos modernos foi uma lufada de ar fresco. Não me censurem porque sou o primeiro a gostar disso mas por vezes sabe bem desacelerar e apreciar...

Melody Gardot era o nome desta musa da noite. Actualmente com 24 anos mostra uma maturidade nada comum talvez fruto do acidente que sofreu aos 19 anos e a marcou profundamente. Talvez não. Nunca saberemos.

O acidente:
Enquanto andava de bicicleta foi atropelada por um jipe que não parou num sinal vermelho.

Resultado:
"In the accident she suffered serious head and spinal injuries and her pelvis was broken in two places. Because of these severe injuries she was confined to her hospital bed for a year and had to remain lying on her back. As a further consequence of her injuries she had to re-learn simple tasks such as brushing her teeth and walking. The most noticeable effect of the neural injuries she suffered is that she was left hyper-sensitive to both light and sound, therefore requiring her to wear dark sunglasses at nearly all times to shield her eyes. The accident also resulted in both long and short term memory problems and difficulty with her sense of time."

Começou a escrever e tocar música como forma de terapia para melhorar as capacidades motoras e nunca mais parou.

A razão do documentário terá tido a ver com a presença da cantora no passado dia 7 no CCB que para pena minha nos terá passado ao lado.

Uma das músicas que mais gostei foi esta
Your heart is as black as night


Espero que gostem!

1 comentário:

Anónimo disse...

Aconteceu-me precisamente o mesmo!
Podia ter escrito este texto... curioso.