VA - FMM Sines 2010

Devido aos cortes orçamentais, este ano não há CD.

Rock Rendez Vous

"Rock Rendez Vous fechou portas há 20 anos" - diz hoje a Blitz.

Aos interessados e curiosos, está aqui uma compilação de histórias e imagens sobre o mítico clube, para complementar a página da revista de Julho de 2008.

The Mighty Boosh

Este post é dedicado a quem não conhece os Mighty Boosh.

Os Mighty Boosh apareceram por cá a partir da BBC, naquelas coisas da BritCom que davam na RTP2. A história inicial passava-se num jardim zoológico onde 2 tipos eram fanáticos por música, com boas doses de ridiculo e non-sense à mistura. Cada episódio começava com uma pequena introdução, tipo Seinfeld, e depois lá aparecia o genéricozinho:

"Welcome to The Mighty Boosh guide. Come with us now on a journey through time and space... to the world of The Mighty Boosh..."

Claro que rapidamente a fritaria tomou conta deles, e na 2ª série já o jardim zoológico está em segundo plano, aparece uma lua que fala e mais umas quantas coisas... estranhas!

Voltando ao início, estes episódios são geralmente regados com qualquer coisa musical, não só em conversas, como a meio do episódio costumam começar a cantar qualquer coisa mais ou menos relacionada com o que se passa por lá... bom, é complicado explicar, mas vale a pena explorar.

Entretanto evoluiram para espectáculos ao vivo e programas de rádio, que valem bem a pena!!

Recentemente lembrei-me de novo dos Mighty Boosh porque encontrei-os numa lista no site do Devendra Banhart, e pareceu-me claramente um sinal para rever esta coisa.

Aproveito para deixar dois videozinhos/ musiquinhas que acho que mostram o que tentei dizer nos ultimos 7 parágrafos:


Ice Flow Song

Call of the Yeti Song

VA - FMM Sines 2009

O último CD editado foi o correspondente ao festival do ano passado. Mais uma vez um duplo com maravilhas como os Melech Mechaya, os numerosos Kasai Allstars, o mestre do blues James Blood Ulmer, o regresso dos Alamaailman Vasarat, o ponto alto do festival com Cyro Baptista 'Beat the Donkey', O'Questrada que encheram Porto Covo, Hanggai da China, Debashish Bhattacharya da Índia e o grande final com um nome maior do reggae Lee 'Scratch' Perry!

VA - FMM Sines 2008

10 anos de festival deram origem a um programa gigante: 40 concertos em 10 dias, espalhados pelo palco da Av. Vasco da Gama ("palco da praia"), Porto Covo, Centro de Artes e claro, o castelo. Como existem concertos gratuitos, é dificil dizer com alguma exactidão o número de espectadores presentes, mas a organização estima que neste ano o número possa ter chegado aos 90000, no total.
Mais uma vez o CD duplo tem pérolas gravadas, logo a abrir The Last Poets, dos EUA, passando pelo resto do mundo com artistas como Rokia Traoré, Justin Adams & Juldeh Camara, Vinicio Capossela, a memorável Voodoo Child por Doran-Stucky-Studer, Dead Combo, Moriarti, KTU, etc...

VA - FMM Sines 2007

2007 foi o ano dos Gogol Bordello! O culto que esta banda goza em Portugal nasceu com o concerto dado em Sines. Foi também neste ano que o grande Álvaro Costa (Ant3na) decretou o FMM como o melhor festival do país, assumindo a sua paixão por este festival:

Mas rem quase 50. Ainda tem paciência para os festivais de Verão ou vai por obrigação?

Adoro o de Sines [Músicas do Mundo], que é mágico e onde estou ansioso por levar a minha filha. Será o primeiro festival dela. (entrevista completa aqui).

Passaram também pelo festival Rão Kyao, Jacky Molard Acoustic Quartet, WSQ Political Blues e ainda o contrabaixista Carlos Bica.

VA - FMM Sines 2006

A edição de 2006 foi a 1ª onde o Centro de Espectáculos entrou no mapa do FMM. Com concertos repartidos por Porto Covo e pelo novo palco, houve oportunidade de convidar mais artistas, o que justifica o CD duplo desse ano, que continuou a ser distribuido para fins promocionais, mas já sem a inscrição «proibida a venda». Contudo é um duplo excelente, com Dazkarieh, Tony Allen (mitico percursionista do Afro Beat e baterista dos The Good The Bad and The Queen), e ainda Alamaailman Vasarat, a primeira vez que vieram actuar em Portugal.

Neste ano o público praticamente que duplicou em relação ao ano anterior.

VA - FMM Sines 2005

Contagem decrescente para o FMM!!

Desde 2005 a organização edita um CD com músicas dos artistas que estão presentes, ou pelo menos não conheço nem vi nenhum informação sobre CDs de edições anteriores. Corrijam-me se estiver errado, e, caso esteja, façam o favor de arranjá-los.

Do CD correspondente à edição de 2005 gostei particularmente de Amadou & Miriam, do Mali, e dos Mahala Rai Banda, da Roménia.

Nesta altura o CD ainda tinha a seguinte inscrição no verso: «CD Promocional. Proibida a venda. Promo only. Not for sale»

Concerto gratuito de Melech Mechaya no CCB

Antes de ir bairrar, queria deixar aqui uma posta sobre um grupo português que aprecio bastante.

É uma banda com inspiração nas sonoridades judaicas e dos balcãs, projecto bastante interessante do forum musical nacional.

Darão uma actuação no CCB a 22 de Agosto pelas 22 horas.

Presenciei parte do concerto deles o ano passado no FMM Sines (estavam a tocar no espaço de artes e o concerto estava a ser diferido cá para fora onde tomava um café).

O baterista é meu colega de curso e colega de laboratório da minha namorada. Grande bacano que no meu 1º dia de caloiro pelas 10 horas da manhã me aliviou dos árduos tratamentos dos que exerciam o jugo da praxe, chamando-me à parte e estendendo-me uma jola para a mão.

Aqui o site oficial do acontecimento.

Daniel Melingo canta Nat King Cole no FMM Sines 2010

Daniel Melingo, um dos mais importantes cantores de tango da actualidade, actua no FMM Sines – Festival Músicas do Mundo 2010. Melingo integra o espectáculo Nat King Cole en Espagnol, dirigido por David Murray, que sobe ao palco do Castelo de Sines, às 22h00, no próximo dia 28 de Julho, dia de abertura do festival.

Nascido em Buenos Aires, em 1957, Daniel Melingo teve formação clássica em clarinete e composição, mas começou o seu percurso profissional na área do rock, como guitarrista e saxofonista. Durante a fase mais repressiva da ditadura argentina, exilou‐se no Brasil, onde fez parte do grupo de Milton Nascimento.

Nos anos 80, foi umas presenças mais importantes no panorama rock do seu país, em grupos como Los Abuelos de la Nada e Los Twist, tendo também vivido em Espanha, onde trabalhou na cena “underground” do país.

De volta a Buenos Aires, começou a reinventar‐se como cantor de tango, lançando o seu primeiro álbum totalmente dedicado a este género, “Tangos Bajos”, em 1998. O segundo, “Ufa”, foi lançado em 2003 e tornou Daniel Melingo uma das figuras de referência do novo tango nos palcos internacionais. Seguiram‐se “Santa Milonga” (2004) e “Maldito Tango” (2008).

Comparado, pela sua força como intérprete, a artistas como Nick Cave, Tom Waits e Paolo Conte, Daniel Melingo é o convidado surpresa do projecto Nat King Cole en Espagnol, onde David Murray, figura de referência do jazz contemporâneo, um grupo de elite do jazz cubano e uma orquestra de cordas formada no seio da Escola das Artes de Sines – Sinfonieta de Sines – fazem reviver uma parte decisiva do repertório de Nat King Cole, as canções em espanhol.


Falta uma semana para começar o FMM.

Amanda Palmer - Amanda Palmer Performs the Popular Hits of Radiohead on Her Magical Ukulele

O mais recente EP (o único!) de Amanda Palmer, de quem nunca tinha ouvido falar. De qualquer maneira fui pesquisar e parece que esta moça é vocalista de uma banda chamada The Dresden Dolls, de quem também não tenho memória. Adiante, pelo que se pode ler na Wikipedia, é meio frita da cabeça como a gente gosta, e já ganhou uns prémios e isso.

Esta coisa não é nenhuma obra prima mas ouve-se bem, e tem uma certa piada ouvir Radiohead com ukulele!

Já agora, sobre o ukulele, é um instrumento havaiano, e toda a gente associa aquilo aos havaianos e ao George Harrison. Na realidade aquilo não passa de um cavaquinho que os tugas madeirenses levaram para o Havai nos piqueniques de fim de semana, foram assaltados por nativos e como ainda não tinham o Albert John Garden no poder encolheram-se e deixaram andar.

Música no Coração Reconhece Falhas no Meco

Três dias de música no Meco e muita complicação nos acessos ao festival. Em tempo de balanço, a Música no Coração, organizadora do Super Bock Super Rock - que recebeu 78 mil pessoas durante o evento - diz-se satisfeita com os resultados, que "ultrapassaram as expectativas" mas mostra também consciência dos maiores problemas apontados pelo público.

"Enquanto promotores do Festival, não podemos deixar de reconhecer alguns dos aspectos menos positivos apontados pelo público, sendo o mais relevante a dificuldade de acesso ao recinto no último dia", lê-se no comunicado enviado na tarde desta terça-feira às redacções.

O texto foca ainda outros aspectos que valeram algumas críticas à organização: "Reconhecemos ainda ser necessário aumentar e melhorar algumas condições do Festival, nomeadamente na zona de Campismo e a intensidade do pó que se fez sentir, sendo que foi reforçada a rega ao longo dos três dias de Festival." Por tudo isto, a Música no Coração, que se diz receptiva a todas as sugestões, avança ainda estar já a preparar as próximas edições do festival, contemplando melhorias. "Estamos atentos a definir as medidas que nos permitem melhorar para o futuro e estamos desde já a trabalhar para que a edição de 2011 seja tão ou mais memorável do que a edição deste ano."

in Correio da Manhã

Festival Termómetro

Verso do bilhete do Festival Termómetro de 2008. Não sei se os dos outros anos também têm esta prosa

Melody Gardot

Numa longa noite de verão enquanto fazia zapping pela TV deparo-me na RTP 2, sempre na sua temática de cultura, a qual não tenho nada contra, com um som harmonioso.

QUE RAIO? - Pensei eu, ainda zonzo do dia anterior do ALIVE2010 e alguns concertos que não corresponderam às expectativas...
MAS QUE SOM PURO E PERFEITO É ESTE? - Talvez causado pelo romantismo de uma noite quente e vestígios de ainda algum álcool...

Deparei-me com um documentário sobre esta artista no qual fiquei agarrado durante a inteira duração, algo raro para mim enquanto vejo televisão. A complexa simplicidade do jazz e blues muitas vezes cativa-me portanto é natural ter uma tendência para gostar disto.
A ausência de gritos que chamam cantar ou de guitarras a rasgar com uma bateria a marcar o ritmo que nem uma marcha militar dos tempos modernos foi uma lufada de ar fresco. Não me censurem porque sou o primeiro a gostar disso mas por vezes sabe bem desacelerar e apreciar...

Melody Gardot era o nome desta musa da noite. Actualmente com 24 anos mostra uma maturidade nada comum talvez fruto do acidente que sofreu aos 19 anos e a marcou profundamente. Talvez não. Nunca saberemos.

O acidente:
Enquanto andava de bicicleta foi atropelada por um jipe que não parou num sinal vermelho.

Resultado:
"In the accident she suffered serious head and spinal injuries and her pelvis was broken in two places. Because of these severe injuries she was confined to her hospital bed for a year and had to remain lying on her back. As a further consequence of her injuries she had to re-learn simple tasks such as brushing her teeth and walking. The most noticeable effect of the neural injuries she suffered is that she was left hyper-sensitive to both light and sound, therefore requiring her to wear dark sunglasses at nearly all times to shield her eyes. The accident also resulted in both long and short term memory problems and difficulty with her sense of time."

Começou a escrever e tocar música como forma de terapia para melhorar as capacidades motoras e nunca mais parou.

A razão do documentário terá tido a ver com a presença da cantora no passado dia 7 no CCB que para pena minha nos terá passado ao lado.

Uma das músicas que mais gostei foi esta
Your heart is as black as night


Espero que gostem!

Dissertação Sobre o Espectro Hertziano Nacional

"O Rádio Clube Português, tal como é hoje, desaparece este domingo, às 23h59"

Assim começa o comunicado no site do RCP. A Media Capital (MC) investiu nesta rádio para fazer frente à TSF (a única rádio da Controlinveste Media), à Antena 1 e/ou à Rádio Renascença, mas como não teve os resultados previstos vai ser a próxima vitima do darwinismo capitalista. A MC perde assim um sector do grande público para investir nos mais jovens com rádios como a Cidade FM (no tempo dos brasileiros é que era a Rádio Cidade, leia-se "rádjio cidádji") e a Best Rock. Sobram ainda a M80, para os mais nostálgicos, música fácil, lucros garantidos, e a Rádio Comercial, outra aposta segura, música ligeira que não aquece nem arrefece, e que vai fazendo frente à RFM.
A RFM, por seu lado, está agora a querer apostar no público jovem! Basta ouvir um pouco da emissão, ou até mesmo visitar o site e percebe-se que estão em fase de metamorfose: agora tratam as pessoas na 2ª pessoa do singular!! Mas ainda não estão muito habituados, então por vezes há baralham-se, como se vê na imagem seguinte (tirado do site da RFM agora mesmo):


A RFM pertence ao grupo da Rádio Renascença, que é um bocado como o PCP: enquanto houverem velhos vai existir. Continua a transmitir as missas e falam devagarinho e passam músiquinhas calminhas, ideal para ouvir no lar. Mas no grupo da Renascença há também espaço para os mais novos, com a Mega FM, que agora se quer chamar Mega Hits ou sei lá, mas que vendo bem as coisas é irritantemente igual à Cidade FM. E como o grupo da Renascença ficou com ciúmes da Media Capital, arranjou também uma rádio com música fácil dos antigamentes mas para os ainda mais velhos, com um nome espirrado por alguém que manda naquilo: Rádio SIM, cujo slogan é "Assim, sim.".

Também para velhos e saudosistas temos a Rádio Amália, outrora a Rádio Nova Antena, que também tem o seu grupinho: grupo Luso Canal. Este grupo decidiu apostar nas minorias e sair da disputa da colossal Media Capital e grupo Renascença. Assim, para além duma rádio de fados têm também a Rádio Marginal, a Oxigénio e a Radar, e como também precisam de ganhar dinheiro vão mantendo a rádio Capital.

Conclusão, tirando a insuportáveis rádios locais, isto está tudo minado de grupos e grupinhos a controlar o que nos chega aos ouvidos.

Vivam as rádios pirata!!

Selos

O rock português vai ser homenageado pelos CTT através de uma edição especial de selos. Entre outros, vão figurar nos selos capas como "A Lenda de El-Rei D. Sebastião", do Quarteto 1111, "Ar de Rock", de Rui Veloso, "Psicopatria", dos GNR, "Wolfheart", dos Moonspell ou "Heróis do Mar", dos Heróis do Mar.

A edição especial contou com a coordenação do radialista Luís Filipe Barros e será colocada à venda a partir do dia 19 de Julho, noticia o Correio da Manhã.