Daedalus & Monome

Boas gente! Pela manhã que está fresquinha (e porque o arrumador de carros aqui da rua começou a gritar há hora e meia e eu já estou acordado de qualquer maneira) deixo aqui uma posta sobre um projecto que acho bastante interessante, tanto pela qualidade da música como pela forma como é interpretada. Chama-se Daedalus, de nome civil Alfred Weisberg-Roberts, e insere-se no género da música electrónica.

Usa tanto em estúdio com nas actuações ao vivo uma pequena maravilha da tecnlogia outrora conhecida como Bitbox e hoje em dia como Monome. É basicamente um sequenciador MIDI com imensos botões com leds e conexão USB. A piada disto tudo é que o aparelho é open source - portanto com o devido software e engenho podem fazer dele o que entenderem: carregam num botão e o aparelho reproduz uma sequência em loop, noutro botão e criam sons de palmas e vozes, noutro botão e invertem a sequência, etc. Vi vídeos disto com um acelerómetro - inclinava-se o aparelho e aumentava o pitch - e um gajo que meteu a board do Monome numa lancheira amarela da primária! E os criadores apoiam activamente estas iniciativas, organizam workshops e colaborações entre utilizadores/artistas.

Enfim, isto por palavras não tem muita piada, portanto vejam este vídeo que vos dá uma ideia das potencialidades disto nas mãos certas.

Quanto ao artista Daedalus, faz coisas impressionantes com o aparelho. Deixo-vos uma actuação ao vivo no telhado da rádio Dublab.

Para os que não acharem demasiado frito, deixo-vos o album Love to Make Music To - que confesso foi a razão pela qual descobri isto - homenagem na capa e título clara ao Music To Make Love To Your Old Lady by dos Lovage - pérola da música do grupo de Mike Patton dos Faith No More, Dan The Automator e Kid Koala, que tem o objectivo de fazer aumentar a natalidade quando não ouvido em presença de contraceptivos. Ou de fazer eclodir uma pandemia de sífilis, clamídia, gonorreia, hepatite e outras doenças venéras, mas isso é assunto para outro dia quando o arrumador de carros não começar a berrar "shôu doutô, tem'quí lugázinhuu mêmo'à portááá" às 8 da matina.