Uma espécie de Avante! cá do sítio... mas um bocado maior. De destacar antes de mais o preço: 20€ pelos 3 dias. Em seguida os transportes, com maior frequência de metros na linha mais próxima do festival e autocarros tipo 750 a uma média de 14 por hora a fazerem o trajeto do metro à entrada do festival, gratuitos.
Infelizmente logo na entrada houve um problema com os scanners. Ao fim de mais de meia hora um grupo de jovens mais impaciente decidiu entrar... à força! Depois de gritarem "on va pousser! on va pousser!" empurraram mesmo e foi tudo à frente. Quando os seguranças foram lá acabaram por deixar as outras filas todas descobertas e foi a debandada geral. Acredito que todos os que estavam ali tivessem bilhete, portanto diria que ninguém entrou à borla, mas vai ser mais difícil para fazer a contabilidade.
Por fim, de registar também a tenda do PCP que no último dia aperaltou-se com um sistema de som, e entre pastéis de bacalhau, pães com chouriço e super bocks, ressoou A Carvalhesa. A tenda dos belgas tinha mais gente a comprar gauffres e batatas fritas, os espanhóis dominavam o quarteirão no campo do barulho, mas o cheiro que se sentia na Avenue Che Guevara na Village du Monde era a sardinha assada!
Shaka Ponk
A virose do momento, pelo que a rapaziada nova apareceu em força. Uma mistura de dance pop rock e eletrónica. É um bocado "fast-music" (analogia com "fast-food"), mas deu para fazer ali uma festarola de hora e meia.
New Order
Avanço já aqui que foi o melhor concerto que vi no festival. A entrada em palco foi feito ao som do clássico Ecstasy of Gold de Morricone (clássico do The Good The Bad and The Ugly), foi bonito. Mas a coisa só ganhou algum sabor quando se ouviu Isolation - uma versão dos Joy Division, como eles próprios fizeram questão de referir. Mas os New Order também têm os seus próprios trunfos e transformaram o recinto numa pista de dança, primeiro ao som do clássico True Faith, e depois o não menos clássico Blue Monday. Depois, o tradicional encore e "só temos tempo para mais uma canção... mas é uma grande canção!" e no ecrã no fundo do palco iam passando imagens do Ian Curtis enquanto os New Order tocavam, legitimamente, a Love Will Tear Us Apart, No fim da canção as imagens foram substituidas por "Joy Division Forever". É bom eles darem às pessoas aquilo que elas querem.
15/09
Dub Inc.
O melhor que consigo dizer deles é que são uma espécie parada no hip-hop e "arabizada" de Da Weasel. E isso não é bom.
Parov Stelar
A grande descoberta do festival! Não conhecia de todo, só fui ver para garantir lugar para ver tranquilamente Patti Smith. Mas isto ao vivo é muito forte. Penso que o senhor Parov seja o saxofonista, mas sem certeza. A senhora (vi agora que se chama) Cleo mexe-se muito bem em palco, puxa pelo público, canta bem. Bem feito, boa música, valeu bem a pena!
Patti Smith
Era da senhora Patti que eu estava a espera. O início foi chato. Chato que se farta mesmo! O alinhamento pareceu-me um bocado mal escolhido para festival, a rapaziada nova começou logo a dispersar dali, ou pelo menos os que ainda conseguiam. Outros aproveitaram para uma soneca. Temas desconhecido, muita pianada, muuuuita conversa sobre o amor e o futuro e a natureza e a liberdade. A coisa só ganhou realmente brilho quando a senhora Patti decidiu abrir as portas ao rock, com a Because the Night. Pena ter demorado uma hora a fazê-lo! Mas a partir daqui já não parou mais, esforçou-se por compensar o disparate feito na hora anterior. People Have the Power em jeito de hino e para o final uma versão longa e extendida de Glória, canção gamada aos Them.
Ainda houve espaço para o encore da praxe e para o final mais 10 minutos de rock, com mais um clássico: Rock 'n' Roll Nigger.
16/09
Zoufris Maracas
Há uma linha que separa o FMM Sines do Avante!. A fazer equilibrismo nessa linha estão o Zoufris Maracas. Descobri-os numa rádio, já não fui apanhado desprevenido. Musicas de intervenção com toques africanos e bom ritmo. Para o final, entre a Prison Dorée e a Un Gamin, uma invasão o vocalista apela a uma invasão de palco a que o público acedeu e acabou por ser uma bela festa.
2 comentários:
@ Penso que o senhor Parov seja o saxofonista, mas sem certeza.
Parov Stelar (aka Marcus Füreder) was the man behind the desk (DJ).
Programming: Parov Stelar
Vocals: Cleo Panther
Saxophone: Max The Sax
Trumpet: Jerry Di Monza
Bass: Michael Wittner
Drums: Willie Larsson Jr.
Ótimo, está esclarecido!
Não fazia ideia, apanhou-me desprevenido. Felizmente isso não me impediu de assistir ao concerto
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