sábado, 20 de fevereiro de 2010

Tributo a Mão Morta

A sala iluminada com luzes vermelhas de luminosidade fraca... ouvem-se as vozes, os gritos... notava-se que o público estava impaciente pela chegada dos seus ídolos, fumam-se uns cigarros e o cheiro a erva proveniente dos "joints" dos tipos aqui ao lado é inconfundível, fumo divino que nos carrega para o topo mais elevado. Olhei para a parede... a luz parecia ganhar uma forma liquida... era sangue... sangue do desejo, da euforia, da divinidade que se encontrava de momento presente na sala. De repente, as luzes apagam-se, o público grita, uma luz intensa aparece em palco, ia dar-se inicio ao espéctaculo... os gritos, a violência, a energia era escaldante e o sangue... escorria pelas paredes.
O moche... o moche... o público libertava toda a sua raiva... e o sangue... o sangue... escorria! Sentia-se o êxtase, o espéctaculo sangrento continuava, e após o encore tornou-se mais intenso... as últimas résteas de energia teriam de ser libertadas... era uma anarquia... uma selvajaria, ali, em directo.
Findou o espéctaculo, o público exausto saía da sala com uma certa desordem. Cheguei cá fora, olhei para trás e uma lágrima caíu-me pelo rosto... gostei do espectáculo, vou fazer uma "cover "dos tipos.


2 comentários:

jv- disse...

Dos melhores textos que por aqui vi escritos. Parabéns pela inspiração.

Unraveler disse...

Obrigado!!!