sábado, 22 de setembro de 2012
Ano Novo Belga
Todos os anos os astros dão umas voltas e sei lá mais o quê e definem assim o novo ano belga. Por alguma razão os astros ditaram que este ano fosse no dia 22 de Setembro. E por alguma razão decidem fazer uma pequena invasão a algumas cidades de França. Ou seja, tudo isto é um pretexto para se fazer concertos e festas e arraiais.
Hoje a atração musical cá do sítio são os Abynthe e Minded
Vamos lá ver se consigo ir lá espreitar...
domingo, 16 de setembro de 2012
Fête de l'Humanité 2012
Uma espécie de Avante! cá do sítio... mas um bocado maior. De destacar antes de mais o preço: 20€ pelos 3 dias. Em seguida os transportes, com maior frequência de metros na linha mais próxima do festival e autocarros tipo 750 a uma média de 14 por hora a fazerem o trajeto do metro à entrada do festival, gratuitos.
Infelizmente logo na entrada houve um problema com os scanners. Ao fim de mais de meia hora um grupo de jovens mais impaciente decidiu entrar... à força! Depois de gritarem "on va pousser! on va pousser!" empurraram mesmo e foi tudo à frente. Quando os seguranças foram lá acabaram por deixar as outras filas todas descobertas e foi a debandada geral. Acredito que todos os que estavam ali tivessem bilhete, portanto diria que ninguém entrou à borla, mas vai ser mais difícil para fazer a contabilidade.
Por fim, de registar também a tenda do PCP que no último dia aperaltou-se com um sistema de som, e entre pastéis de bacalhau, pães com chouriço e super bocks, ressoou A Carvalhesa. A tenda dos belgas tinha mais gente a comprar gauffres e batatas fritas, os espanhóis dominavam o quarteirão no campo do barulho, mas o cheiro que se sentia na Avenue Che Guevara na Village du Monde era a sardinha assada!
Shaka Ponk
A virose do momento, pelo que a rapaziada nova apareceu em força. Uma mistura de dance pop rock e eletrónica. É um bocado "fast-music" (analogia com "fast-food"), mas deu para fazer ali uma festarola de hora e meia.
New Order
Avanço já aqui que foi o melhor concerto que vi no festival. A entrada em palco foi feito ao som do clássico Ecstasy of Gold de Morricone (clássico do The Good The Bad and The Ugly), foi bonito. Mas a coisa só ganhou algum sabor quando se ouviu Isolation - uma versão dos Joy Division, como eles próprios fizeram questão de referir. Mas os New Order também têm os seus próprios trunfos e transformaram o recinto numa pista de dança, primeiro ao som do clássico True Faith, e depois o não menos clássico Blue Monday. Depois, o tradicional encore e "só temos tempo para mais uma canção... mas é uma grande canção!" e no ecrã no fundo do palco iam passando imagens do Ian Curtis enquanto os New Order tocavam, legitimamente, a Love Will Tear Us Apart, No fim da canção as imagens foram substituidas por "Joy Division Forever". É bom eles darem às pessoas aquilo que elas querem.
15/09
Dub Inc.
O melhor que consigo dizer deles é que são uma espécie parada no hip-hop e "arabizada" de Da Weasel. E isso não é bom.
Parov Stelar
A grande descoberta do festival! Não conhecia de todo, só fui ver para garantir lugar para ver tranquilamente Patti Smith. Mas isto ao vivo é muito forte. Penso que o senhor Parov seja o saxofonista, mas sem certeza. A senhora (vi agora que se chama) Cleo mexe-se muito bem em palco, puxa pelo público, canta bem. Bem feito, boa música, valeu bem a pena!
Patti Smith
Era da senhora Patti que eu estava a espera. O início foi chato. Chato que se farta mesmo! O alinhamento pareceu-me um bocado mal escolhido para festival, a rapaziada nova começou logo a dispersar dali, ou pelo menos os que ainda conseguiam. Outros aproveitaram para uma soneca. Temas desconhecido, muita pianada, muuuuita conversa sobre o amor e o futuro e a natureza e a liberdade. A coisa só ganhou realmente brilho quando a senhora Patti decidiu abrir as portas ao rock, com a Because the Night. Pena ter demorado uma hora a fazê-lo! Mas a partir daqui já não parou mais, esforçou-se por compensar o disparate feito na hora anterior. People Have the Power em jeito de hino e para o final uma versão longa e extendida de Glória, canção gamada aos Them.
Ainda houve espaço para o encore da praxe e para o final mais 10 minutos de rock, com mais um clássico: Rock 'n' Roll Nigger.
16/09
Zoufris Maracas
Há uma linha que separa o FMM Sines do Avante!. A fazer equilibrismo nessa linha estão o Zoufris Maracas. Descobri-os numa rádio, já não fui apanhado desprevenido. Musicas de intervenção com toques africanos e bom ritmo. Para o final, entre a Prison Dorée e a Un Gamin, uma invasão o vocalista apela a uma invasão de palco a que o público acedeu e acabou por ser uma bela festa.
sábado, 8 de setembro de 2012
Band of Horses - Mirage Rock
Aconselho a audição do novo álbum dos Band of Horses, Mirage Rock. Se não quiserem ter muito trabalho a arranjá-lo, peguem em músicas dos Crosby Stills Nash and Young e outras dos America e coloquem tudo em shuffle.
O que vão sentir ao ouvir isso não será muito diferente de ouvir o Mirage Rock.
domingo, 2 de setembro de 2012
OqueStrada 01-09-2012
Parvis de la Basilique de Saint-Denis
Pife na Manga, Yasmine Seydi
Um pique-nique mascarado de concerto, ou vice-versa. A ideia parece ter sido a "mairie" de Saint Denis oferecer uma tarde de final de verão aos habitantes. Para isso montaram umas quantas mesas e cadeiras no largo entre a Basílica de Saint-Denis e o edifício da "câmara municipal" lá do sítio.
Criou-se ali um ambiente muito bairrista, as pessoas foram aparecendo a partir das 19h com o próprio farnel, quer em sacos quer em cesto, e para os que não quiseram andar carregados havia duas barraquinhas a vender pastéis caseiros e grelhados. A parte das bebidas estava incluída no bolo oferecido pela organização, com uma banca a distribuir vinhaça, gasosa e coca-colas a quem quisesse.
Enquanto o cenário se ia compondo, num palco improvisado numas escadas iam tocando os Pife na Manga, um grupo de brasileiros que certamente ouviram muito Rão Kyao quando eram mais novos. Este pequeno espaço ia fazendo barulho quando no palco principal não acontecia nada.
Das 19h às 20h foi a "hora de jantar". Nesta hora estava apenas um mete-discos no palco, nada de interessante. Às oito da noite começou então o concerto duma tal Yasmine Seydi com mais 4 tipos a desfilarem clássicos da música da brasileira, que foi desde Tom Jobim até... *cof cof* Daniela Mercury.
Meter brasileiros a abrir é uma aposta excelente. Pode não estar ninguém a ver que eles fazem a festa sozinhos. Neste caso estavam talvez o equivalente a um Fazendas do Cortiço Vs São Manços.
Para as 21h30 estava então programado a grande atração da noite vindos diretamente esta tarde de "Lisbonna" como dizia o apresentador (não sei se não seria também o presidente lá do sitio). Claro, tuga que se preze não ia estar a chegar a horas, até parecia mal. Um atraso de 20 minutos, nada de muito grave, até deu tempo para as pessoas se aprochegarem.
O concerto em si não teve grandes variações ao habitual, a senhora Miranda apresentou-se com um vestido tradicional e um não menos tradicional... casaco de cabedal! Os discursos foram todos em francês-emigrante, mas ganha o prémio pelo esforço. Lá vieram as conversas que estão a empurrar os jovens para fora de Portugal e que Lisboa é muito bonita mas eles preferem a margem sul. "Pragal, ça fait mal".
Para o final, o tradicional encore com o pessoal animado a gritar "plus une, plus une". E eles lá voltaram, cantaram, agradeceram à Cristina ao Manel e ao Tónio, foram-se embora. O povo continuou com o "plus une plus une", e veio o shôr presidente pedir plus une, e plus une eles tocaram. Na falta de reportório, tocaram outra vez a Oxalá e aposto que cerca de 80% dos espetadores não percebeu que eram uma música repetida. Para o efeito também não interessava muito.
Foram-se embora outra vez, e de repente passou-se a ouvir "só mais uma!". E o shôr presidente ficou ali a tentar agradar a população, mas já se estava a fazer tarde e já não houve mais nenhuma.
Pife na Manga, Yasmine Seydi
Um pique-nique mascarado de concerto, ou vice-versa. A ideia parece ter sido a "mairie" de Saint Denis oferecer uma tarde de final de verão aos habitantes. Para isso montaram umas quantas mesas e cadeiras no largo entre a Basílica de Saint-Denis e o edifício da "câmara municipal" lá do sítio.
Criou-se ali um ambiente muito bairrista, as pessoas foram aparecendo a partir das 19h com o próprio farnel, quer em sacos quer em cesto, e para os que não quiseram andar carregados havia duas barraquinhas a vender pastéis caseiros e grelhados. A parte das bebidas estava incluída no bolo oferecido pela organização, com uma banca a distribuir vinhaça, gasosa e coca-colas a quem quisesse.
Enquanto o cenário se ia compondo, num palco improvisado numas escadas iam tocando os Pife na Manga, um grupo de brasileiros que certamente ouviram muito Rão Kyao quando eram mais novos. Este pequeno espaço ia fazendo barulho quando no palco principal não acontecia nada.
Das 19h às 20h foi a "hora de jantar". Nesta hora estava apenas um mete-discos no palco, nada de interessante. Às oito da noite começou então o concerto duma tal Yasmine Seydi com mais 4 tipos a desfilarem clássicos da música da brasileira, que foi desde Tom Jobim até... *cof cof* Daniela Mercury.
Meter brasileiros a abrir é uma aposta excelente. Pode não estar ninguém a ver que eles fazem a festa sozinhos. Neste caso estavam talvez o equivalente a um Fazendas do Cortiço Vs São Manços.
Para as 21h30 estava então programado a grande atração da noite vindos diretamente esta tarde de "Lisbonna" como dizia o apresentador (não sei se não seria também o presidente lá do sitio). Claro, tuga que se preze não ia estar a chegar a horas, até parecia mal. Um atraso de 20 minutos, nada de muito grave, até deu tempo para as pessoas se aprochegarem.
O concerto em si não teve grandes variações ao habitual, a senhora Miranda apresentou-se com um vestido tradicional e um não menos tradicional... casaco de cabedal! Os discursos foram todos em francês-emigrante, mas ganha o prémio pelo esforço. Lá vieram as conversas que estão a empurrar os jovens para fora de Portugal e que Lisboa é muito bonita mas eles preferem a margem sul. "Pragal, ça fait mal".
Para o final, o tradicional encore com o pessoal animado a gritar "plus une, plus une". E eles lá voltaram, cantaram, agradeceram à Cristina ao Manel e ao Tónio, foram-se embora. O povo continuou com o "plus une plus une", e veio o shôr presidente pedir plus une, e plus une eles tocaram. Na falta de reportório, tocaram outra vez a Oxalá e aposto que cerca de 80% dos espetadores não percebeu que eram uma música repetida. Para o efeito também não interessava muito.
Foram-se embora outra vez, e de repente passou-se a ouvir "só mais uma!". E o shôr presidente ficou ali a tentar agradar a população, mas já se estava a fazer tarde e já não houve mais nenhuma.
Subscrever:
Mensagens (Atom)