Dos melhores e mais conceituados projectos da música portuguesa, uma excelente fusão entre o fado e a electrónica-pop. As letras são pesadas, fortes, poéticas, adaptam o derrotismo tradicional ao quotidiano contemporâneo.
Nasceu de um conjunto de músicos portugueses apostados em reanimar as raízes tradicionais portuguesas, destacando-se sobretudo o João Aguardela (responsável pelos projectos Linha da Frente e Megafone, pertencendo originalmente aos Sitiados). Temos também no conjunto Luís Varatojo na guitarra portuguesa, companheiro de Aguardela na Linha da Frente, tendo-se destacado nos idos 90's nos Peste & Sida (rockalhada) e sobretudo nos Despe & Siga (skazada).
Um destaque também para Maria Antónia Mendes, dona de uma voz «acolhedora_numa_tarde_de_Outono_a_passar_na_Estefânia_a_cheirar_a_castanhas». Eu sei que isto não é um adjectivo, mas é a melhor maneira que tenho para classificá-la.
Para compôr ainda mais o ramalhete, estes tipos são incriveis ao vivo. Tudo aquilo funciona muito bem, sabe muito bem, e deixam sempre um rebuçadinho para o fim, daqueles tipo Dr. Bayard - lembramo-nos do sabor mas já não comemos nenhum há vários anos - sendo geralmente a Tourada de Fernando Tordo. No entanto no último concerto terminaram com uma fabulosa versão da desfolhada que de certeza levaria a própria Simone de Oliveira às lágrimas.
Señoritas
Esta Depressão que me Anima
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