quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Tom Waits - Bad As Me


Apresentação pelo próprio Tom Waits do álbum Bad as Me, aqui.

Na realidade não é uma apresentação, é mais um manifesto.
Aparentemente ele teria um plano qualquer para apresentar o álbum, mas a Amazon não se conteve e estragou-lhe a festa, anunciando-o antes de tempo.

Sai dia 25 de Outubro!

terça-feira, 23 de agosto de 2011

sábado, 20 de agosto de 2011

Ayarkhaan - Sounds of Ancient Land of Olonkho

Do que vi, foram "a cena" do festival. Completamente fora de qualquer coisa a que estivesse habituado! Estas 3 moças conseguem regurgitar sons enquanto têm um berimbau metálico a fazer barulho e com isto por recriam paisagens sonoras que vão lá das montanhas à fauna local.

Como uma imagem vale mais que mil palavras, 60 imagens por segundo valem muito mais, portanto fica aqui um pequeno excerto do concerto em Sines.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Aziz Sahmaoui & University of Gwana


Ora aqui está uma agradável surpresa! Estes tipos devem ter sido dos que mais gostaram do festival de Sines este ano: eram para actuar ao inicio da tarde, mas como os cabeças de cartaz Sly & Robbie queriam ir embora mais cedo, o alinhamento no último dia foi alterado et voilà, sem saberem bem porquê o Aziz & Co. acabou por ser a atração principal da noite, ficando com as honras do tradicional fogo de artifício.

E para mim, na condição de espetador pagante, foi (muito) melhor! Não só porque tenho uma embirração natural com reggae, como não acho que seja o tipo de música adequada para o fogo de artificio, e como também estes tipos fizeram uma bela festa!

Deixaram o tema em crescendo Ana Hayou para a segunda música e a pirotecnia ficou assim muito mais composta, muito mais alegre! Assim sim, assim vale a pena!

Passando agora para o álbum, gostei muito de ouvi-lo. Talvez por ainda estar com restos na memória de sábado passado, ou talvez porque é mesmo giro: música animada do Magreb com não sei quantos tipos de outros tantos países e alguns instrumentos que não sei o nome.

Como exemplo, a própria Ana Hayou.

TV On The Radio


A semana passada soube que Gerard Smith, baixista e teclista dos TV On The Radio sucumbiu ao cancro com 36 anos.

Quando vi isto fiquei bastante triste. Uma tristeza maioritariamente egoísta, pois junto à notícia do óbito estava escrito que a banda ainda não tinha planos para o futuro após esta tournée. Contudo, acho muito louvável continuarem as actuações prometidas. É uma excelente honra à sua memória e quem os viu no Alive certamente que agradece. Vi-os no SBSR em 2007 e foi muito provavelmente o melhor momento musical do ano para mim. Não via ninguém a dançar e cantar como Tunde Adepimbe desde Thom Yorke em 2002 no Coliseu dos Recreios.

Como os bilhetes para o Alive deste ano estavam caríssimos, desliguei da banda por meses desde que soube que faziam parte do cartaz. Sou teimoso e não quis saber absolutamente nada da minha banda preferida no meio daquele lineup todo que não iria ver. Não acompanhei notícias, não vi a crítica ao concerto, nem a setlist consultei. O novo albúm, saído em Abril, mal o ouvi.

Entretanto encontrei o concerto que deram este ano em Glastonbury transmitido na TV britânica. A Staring At The Sun tem uma energia fantástica e a Province tem uns arranjos muito engraçados. Acabam a actuação com um tributo a Ray Parker Jr. Gosto dessa humildade e da alegria que isso transmitiu ao público, que diga-se de passagem, após anos a ver e a observar o público lusitano, é mesmo assim uma valente merda. Não faço o upload porque são perto de 1GB mas prometo uma fonte por tempo indefinido.

Enquanto o download não acabava vi o fabuloso filme que a banda fez do Nine Types Of Light. Totalmente gratuito no youtube e em 1080p se quiserem. Gosto particularmente do vídeo da Repetition, da retrospectiva da banda com o então ainda vivo Gerard Smith durante a Killer Crane e obviamente do fim: Love, peace, and TOTAL ANNIHILATION! Parafraseando um comentador do tubo: That was a whole hour of awesome!

Rest In Peace Gerard Smith, a whole life of awesome.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Mário Lúcio - Kreol


Como já se estava à espera, agora vão começar a aparecer aqui alguns álbuns de tipos que actuaram em Sines nas duas últimas semanas.
E o primeiro a ter as honras de aparecer aqui com o álbum em nome próprio é o shôr ministro, que apresentou o álbum do ano passado "Kreol".

Começando pela capa, não deixo de considerar a montagem um tanto ou quanto infeliz. Por alguma razão olho para esta imagem e parece-me que o Neno se pôs a cantar Júlio Iglesias. Felizmente lá dentro não é nada disso! Contudo o concerto foi muito mais giro que o álbum...

O que salta logo à vista é a quantidade de participações entre as quais destaco a Teresa Salgueiro, Cesária Évora e Milton Nascimento. Não por serem as melhores, mas por serem as únicas que conheço.
De resto o álbum está bem montado, bem produzido, o tipo canta bem, muito fácil de ouvir... demasiado até. Estava a espera de um bocadinho mais de Cabo Verde nisto. É um conjunto de canções para se ouvir ao domingo enquanto se lêem os artigos de opinião do Expresso, ou para estar a tocar de fundo numa festa de abstémios de meia idade.

A história do tipo é mais interessante que o álbum, portanto vou fazer um pequeno resumo da vida dele: nasceu no Tarrafal, estudou direito em Cuba, meteu-se na política.
Interessante hein!?

VA - FMM SInes 2011


Mais um ano de músicas com espírito de aventura, e em 2011 de volta com os CDs de apresentação das bandas, que no ano passado ficaram esquecidos por causa da crise. CD duplo,digipack, 30 músicas 5€. Já paguei 3 vezes mais por 3 vezes menos...

Dentro destes dois donuts de plásticos há mais variedade de instrumentos que no Campo de Santa Clara a um sábado de manhã, ao preço de um polifónico dos 8 melhores temas dos REM em pan pipes. E nem que fosse só essa variedade já estava assegurado algum sumo. Mas há muito mais que isso.

Há Portugal China Japão Rússia Grécia Brasil Índia Alemanha França Marrocos cada um para seu lado e às vezes alguns misturados. Até aqui nada de novo para quem já ouviu as edições anteriores. É dificil apontar surpresas num conjunto de canções que pretendem, quase por definição, ser surpreendentes. Ainda assim posso realçar os Le Trio Joubran da Palestina numa sopa de sons com o alaúde em destaque, os Dissidenten que já são mais velhos que eu e que o próprio vencedor do Último a Sair tem uma versão muito conhecida no Brasil duma música deles, a bate-pé de Mário Lúcio, ministro da cultura de Cabo Verde, o experimental dos Deerhoof, o trio da República da Iacútia Ayarkhaan que fariam o Stockhausen ir as lágrimas, o grande mestre chinês-folk-indie Mamer, o boogie-jazz português dos L.U.M.E.... isto são só nomes e podia dizer muitos mais, mas isso não interessa nada. O que interessa é ouvir!

Pode ser que alguns destes nomes tenham direito ao seu próprio post um dia destes!

Como exemplo de uma música que se pode encontrar aqui fica a Legend of the Creation of the World, numa interpretação interessante a solo de uma das moças do trio Ayarkhaan.

E, para quem não foi a Sines, este é o resultado disto multiplicado por três.